A área destinada às unidades de conservação ambiental nacional cresceram de 6,5% do território nacional em 2003 para 8,3% em 2007. Com isso, segundo dados divulgados nesta quarta-feira (4) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o país tem mais de 712.660 km2 de áreas protegidas em nível federal. No total, o número de unidades de conservação passou de 251 para 299 no período.
Entre biomas analisados pelo IBGE, a Amazônia detém a maior área protegida, concentrando mais de 15% das unidades de conservação federais --6,5% são unidades de proteção integral, que não permitem que a população habite no local. A Caatinga e os Campos Sulinos são os que possuem menos unidades de conservação.
"O bioma amazônico teve o maior aumento de área protegida entre 2003 e 2007, seguido pelas unidades de conservação marinha. Por outro lado, os biomas Pantanal e Caatinga não tiveram aumento em sua área protegida por unidades de conservação federais", afirma o instituto, em nota.
O estudo "Indicadores de Desenvolvimento Sustentável 2008", feito pelo IBGE, mostra que grande parte dos parâmetros ambientais no país ainda estão negativos ou mantêm uma evolução muito lenta. No total, o instituto analisou 23 indicadores, divididos nos temas atmosfera, terra, água doce, oceanos, mares e áreas costeiras, biodiversidade e saneamento.
Para o IBGE, são dados positivos a redução no consumo de substâncias que prejudicam a camada de ozônio, o aumento das áreas de conservação, a redução no número de incêndios e a estabilização na poluição atmosférica, com exceção do ozônio, cuja concentração continua aumentando.
Entretanto, a poluição dos rios em grandes regiões metropolitanas e nas praias continua em nível elevado. Além disso, a devastação da Amazônia voltou a ganhar força, conforme dados divulgados nesta semana pelo Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais).
(Folha Online, 04/06/2008)