Um grupo de institutos de pesquisa planeja construir uma estrutura do
tamanho da Torre Eiffel (cerca de 300 metros) para fazer medições
atmosféricas na Amazônia. Segundo o pesquisador responsável pelo
projeto, J. Kesselmeier, do Instituto Max Planck de Química, em uma
altitude como essa as condições são mais estáveis, o que permitirá
avaliações do comportamento dos gases na atmosfera. O projeto está
orçado em um milhão de euros.
Apesar das informações já obtidas sobre a influência da Amazônia no
processo de aquecimento global, ainda pairam perguntas no ar, as quais
precisam ser respondidas. Entre elas, falta uma ligação entre as trocas
gasosas observadas por balões meteorológicos e o monitoramento via
satélite. A torre, com equipamentos de meteorologia e transmissão de
rádio, pode ajudar a resolver essas questões. Vai ser a segunda maior
torre de medição meteorológica do planeta. A primeira se encontra na
Sibéria.
A torre seria financiada em parte pelo governo alemão. O projeto é do
Ministério Nacional de Educação e Ciência da Alemanha e do Instituto
Max Planck de Química e de Bioengenharia. Do lado brasileiro, é apoiado
por várias instituições como o Instituto Nacional de Pesquisas da
Amazônia, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, a Universidade
de São Paulo e a Universidade do Estado do Amazonas.
A Torre Eiffel tem 300 metros até o teto do último andar. E chega a 324
metros com as antenas. O local da torre na Amazônia ainda não está
definido. Mas pode virar um cartão postal para o país. Será que o
projeto vai emperrar no relatório de impacto ambiental?
(Alexandre Mansur,
Blog do Planeta, 04/06/2008)