A área de vegetação nativa prevista para ser alagada pela construção da Usina Hidrelétrica de
Pai Querê está na internet. Trata-se de uma mídia disponibilizada pela ONG catarinense
Apremavi no
Google Earth e que pode ser acessada por qualquer pessoa que tiver acesso à
WEB. O mapa indica também a área do reservatório e o lago projetado pela usina, na verdade uma camada (layer) que pode ser desativada ou ativada pelo internauta. “Agora é possível visualizar, por meio de imagens de satélite, as florestas às margens do Rio Pelotas que poderão ser inundadas, caso a hidrelétrica seja construída”, explica Philipp Stumpe, consultor da Sociedade de Proteção a Vida Selvagem (SPVS) e colaborador da Apremavi.
Navegando na internet, explica ele, o internauta pode aproximar ou afastar a imagem, visualizar a exata localização geográfica da barragem que se pretende construir e o lago que será formado. “Até fotos e outras informações específicas podem ser acessadas numa mesma imagem”, comenta Philipp. Também é possível ver as principais cidades, rios e estradas e ganhar um melhor entendimento do que se irá perder. Aproximando a imagem é possível visualizar até as copas das araucárias e outras árvores. “As últimas que restaram, de um importante ecossistema, afluente do Rio Uruguai, hoje quase todo represado”, lamenta.
Sobre a usinaA usina prevista para o Rio Pelotas é uma das prioridades do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC) do governo federal e está em processo de licenciamento pelo Ibama. Contrariando a decisão do governo federal,
o Ministério do Meio Ambiente, no entanto, tem outros planos para a região onde já funciona a polêmica hidrelétrica de Barra Grande, de criar uma Unidade de Conservação Refúgio da Vida Silvestre, contemplando quase 300 mil hectares em 11 municípios catarinenses e três do Rio Grande do Sul. Com a medida, de difícil implantação porque sofre
resistência dos prefeitos e lideranças políticas e empresariais locais, é de minimizar os impactos de Barra Grande.
SOS PelotasO ambientalista Philipp Stumpe ressalta que somente a criação da UC poderá impedir a construção da UHE Pai Querê. Para saber mais sobre a campanha desenvolvida pela Apremavi para a criação da UC, a ONG disponibiliza um
abaixo-assinado.
(Por Carlos Matsubara, Ambiente JÁ, 03/06/2008)