Santa Catarina ou Rio Grande do Sul. Até setembro, a Petrobras decide onde vai construir o terceiro terminal de gás natural liquefeito (GNL), que poderá custar até US$ 220 milhões. E para reforçar essa pretensão, empresários, parlamentares e o governo resolveram somar forças para tentar seduzir a empresa petrolífera.
Um primeiro passo para tentar conquistar o empreendimento foi apresentado pela Companhia de Gás de Santa Catarina (SC Gás). Ela apresentou projeto para a instalação do terminal em São Francisco do Sul. O empreendimento serviria ao aproveitamento do gás obtido em poços do litoral catarinense e do GNL comprado de outros países (veja detalhes ao lado).
A instalação do terminal é considerada a melhor maneira de o Estado garantir abastecimento de gás, que hoje é todo comprado da Bolívia. O maior consumidor é a indústria cerâmica, que consome diariamente cerca de 800 mil metros cúbicos. O estudo da SC Gás indica que o Estado concentraria as maiores vantagens técnicas na comparação com os concorrentes.
Apesar disso, os empresários temem que, com sua pressão política, os gaúchos acabem levando o empreendimento. O governador Luiz Henrique sugeriu aos parlamentares que solicitem audiência com o presidente Lula e a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff.
Segundo a senadora Ideli Salvatti. a Petrobras, e não o governo, deve encarregar-se da escolha, o que determinaria que apenas aspectos técnicos seriam considerados. Em 2007, o então diretor de gás e energia, Ildo Sauer, indicou São Francisco do Sul como a melhor opção, assim como fez o secretário-executivo do Ministério de Minas e Energia, Márcio Zimmermann, em abril, ambos em reuniões na Fiesc.
A diretora de gás e energia da Petrobras, Maria das Graças Foster, disse ontem, no Rio de Janeiro, que os dois Estados têm condições para sediar o terminal de gás natural.
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A Notícia, 03/06/2008)