Uma nova proposta da Academia Brasileira de Ciências mostra que o desafio do desenvolvimento na Amazônia estaria ao alcance do país, com investimentos modestos, mas bem direcionados, para colocar a região na linha de frente da ciência e tecnologia. O estudo "Amazônia: Desafio Brasileiro do Século XXI - A Necessidade de uma Revolução Científica e Tecnológica", ainda em versão preliminar, pretende criar novos pólos de tecnologia na região.
A proposta levanta alguns desafios urgentes para Ciência, Tecnologia e Inovação (C,T&I) na Amazônia: a criação de novas universidades públicas, de institutos científico-tecnológicos associado ao ensino e pesquisa e o fortalecimento de redes de informação na região.
O estudo propõe que se invista no parque científico da região, hoje bastante defasado em relação aos principais pólos de ciência do país. "Ao final de dez anos, criando-se três novos Institutos Científico-Tecnológico e três novas Universidades, teremos um investimento adicional correspondente a 1,9% do Produto Regional Bruto (PRB) ou 0,2% do Produto Interno Bruto (PIB), ou seja, cerca de R$ 30 bilhões em dez anos".
Com esse investimento, novas atividades econômicas seriam criadas, com ampliação de empregos e mão-de-obra qualificada, a partir de um novo modelo de desenvolvimento que valorize a floresta. "Somente com investimentos dessa magnitude em C,T&I é que o desafio da concepção de um novo paradigma de desenvolvimento para a Amazônia poderá ser enfrentado".
Veja documento preliminar na íntegra.
(
Amazonia.org.br, 02/06/2008)