O presidente da Eletrobrás, José Antonio Muniz Lopes, disse que recomendou ao presidente de Furnas, Luiz Paulo Conde, que não entre na Justiça contra a vitória do consórcio Energia Sustentável, formado por Suez, Camargo Corrêa, Eletrosul e Chesf no leilão da usina de Jirau, no rio Madeira.
"A recomendação que dei ao presidente de Furnas é que não cabe esse tipo de ação. O governo ficou satisfeito com o resultado do leilão."
Lopes disse que a mudança no projeto deve ser analisada pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) e pelo Ibama. Furnas participou do leilão com a Odebrecht.
Segundo ele, a concorrência entre subsidiárias da estatal não deverá se repetir. "Competição entre subsidiárias da Eletrobrás não existirá na minha gestão. Hoje a Eletrobrás está com nova forma de gestão corporativa e não cabe isso. A decisão de quem vai entrar nos leilões será da Eletrobrás por meio do seu conselho de administração." Ele diz que a disputa atual foi definida antes da sua entrada.
O diretor-geral da Aneel, Jerson Kelmann, disse que o consórcio só apresentou a concepção básica do projeto e a agência ainda vai examiná-lo para avaliar os efeitos da mudança da usina.
(Folha de São Paulo, 03/06/2008)