O número de praias costeiras em Portugal que não cumpriam as normas de higiene europeias aumentou, de 2006 para 2007, de seis para 21, avançou hoje a Comissão Europeia, um dia depois da abertura da época balnear. Nas praias fluviais a situação melhorou de 2006 para o ano passado, tendo diminuído de oito para apenas uma, a de Albufeira de Póvoa Meadas, em Portalegre.
Duas praias costeiras estão fechadas - Castelo do Queijo (Porto) e Árvore (Vila do Conde) - bem como cinco fluviais: Olhos de Água (Alcanena), Foz do Sabor (Torre de Moncorvo), Rio Gadanha (Monção), Arnado e D. Ana (Ponte de Lima). Segundo a Comissão Europeia, que se baseia em dados fornecidos pelo Instituto da Água português, 404 (94,6 por cento) das 427 áreas de banho analisadas cumprem as normas obrigatórias, sendo que 370 (86,7 por cento) estão em conformidade com parâmetros mais exigentes.
Nos Açores não cumprem os critérios mínimos as praias Barro Vermelho e Praia (Graciosa), Cais do Pico e Zona Balnear de S. Roque (Pico) e Anjos (Santa Maria), enquanto na Madeira apenas a de Porto da Cruz (Machico) não reúne os critérios europeus. Em Portugal Continental, não cumprem os critérios mínimos estabelecidos pela União Europeia 15 praias costeiras: Porto de Mós (Lagos), Fuseta-ria e Tesos (Olhão), Lacém (Tavira), Albarquel (Setúbal), Castelo (Almada), Conceição, Rainha e Poça (Cascais), Bom Sucesso (Óbidos), Ponte da Vagueira (Aveiro), Frente Azul e Seca (Espinho), Salgueiros (Vila Nova de Gaia) e Lagoa (Póvoa de Varzim).
O relatório anual sobre as águas balneares, apresentado hoje pela Comissão Europeia, revela que a grande maioria das zonas balneares da União Europeia cumpriu as normas de higiene em 2007. Cerca de 95 por cento das zonas balneares costeiras e 89 por cento das zonas balneares existentes em rios e lagos respeitam as normas obrigatórias. No ano passado foram monitorizadas 21.368 zonas balneares: 14 551 costeiras e 6797 interiores. Em 2006, a Comissão Europeia iniciou processos de infracção contra onze Estados-Membros, incluindo Portugal, por terem retirado zonas balneares das suas listas oficiais.
(Lusa, Publico, 02/06/2008)