O presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquim, criticou a ação das Organizações Não-Governamentais (ONGs) no Pará que vêm utilizando índios da tribo Caiapó para protestar contra a construção da usina Belo Monte, prevista para ser licitada pelo governo no final de 2009. "Eles criaram uma verdadeira infra-estrutura para levar os índios para lá, com a compra de facões. São ONGs bem preparadas", afirmou. Tolmasquim lembrou que a usina não está prevista para ser construída em uma reserva indígena e que a tribo dos Caiapós fica a mais de 400 quilômetros de distância do local.
"Os índios que estão próximos são a favor da usina. Os que se manifestaram foram os Caiapós, que estão muito distantes", disse. No mês passado, um engenheiro da Eletrobras que foi ao Pará fazer uma apresentação sobre a Usina Belo Monte acabou ferido no braço por um golpe de facão após um desentendimento com os índios Caiapós. O ferimento não foi grave e o executivo foi atendimento no hospital da região.
(G1, 02/06/2008)