A Funai estima que haja no país 69 grupos isolados, espalhados principalmente pelos Estados da Amazônia Legal -Acre, Amazonas, Mato Grosso, Pará, Roraima, Rondônia, Amapá, Tocantins e parte do Maranhão. Há indícios de um grupo que viveria nas proximidades da cidade de Cavalcante, em Goiás.
Segundo Elias Biggio, coordenador-geral do Departamento de Índios Isolados da Funai, há nove grupos que estão mais vulneráveis às ações predatórias, como os ataques de madeireiros. Eles estão em reservas em Mato Grosso, próximo à divisa com o Amazonas.
A Funai não sabe a qual etnia pertencem os índios das fotos divulgadas pela primeira vez na semana passada, mas suspeita que sejam pano ou aruak, que têm o mesmo "tronco lingüístico" e estão presentes na fronteira do Brasil com o Peru.
O órgão considera isolados ou autônomos os índios que não estabeleceram contato com a sociedade. O regimento da Funai tem diretrizes claras sobre esses povos. "[Eles têm] o direito de assim permanecerem, mantendo a integridade de seu território, intervindo apenas quando qualquer fator coloque em risco sua sobrevivência e organização sociocultural", afirma um dos artigos.
(Folha de São Paulo, 02/06/2008)