(29214)
(13458)
(12648)
(10503)
(9080)
(5981)
(5047)
(4348)
(4172)
(3326)
(3249)
(2790)
(2388)
(2365)
etanol amazônia
2008-06-02

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse, no domingo, que vai procurar persuadir os líderes mundiais que vão se reunir em Roma, esta semana, de que o etanol não é o culpado pela inflação mundial dos alimentos.

O Brasil é o maior exportador mundial de etanol e pioneiro na produção de biocombustíveis à base de cana de açúcar, o que o torna alvo de críticos que alegam que o etanol é responsável pelos aumentos nos preços mundiais das commodities.

Lula disse que a cúpula da ONU sobre segurança alimentar, que começa na terça-feira, dará à maior economia da América Latina uma oportunidade de moldar o debate sobre biocombustíveis, e que espera conquistar a adesão de alguns céticos.

"Esse encontro que a FAO (a Organização das Nações Unidas para os Alimentos e a Agricultura) está promovendo será uma grande oportunidade para o Brasil", disse Lula a jornalistas em Roma antes do início do evento.

"Estou convencido de que estamos no início de um debate. Cabe ao Brasil, centro de excelência na produção de etanol, provar que é plenamente possível compatibilizar a produção de etanol com a produção de alimentos."

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-Moon, que montou sua própria força-tarefa para encontrar respostas para a crise da segurança alimentar, deve reunir-se reservadamente com Lula em Roma na segunda-feira, antes da cúpula que terá lugar entre 3 e 5 de junho.

Tomarão parte na cúpula os líderes da França, Espanha, Japão, Argentina e alguns países africanos. Também está prevista a presença do iraniano Mahmoud Ahmadinejad, em sua primeira viagem à Europa ocidental como presidente.

A maior parte da rejeição aos biocombustíveis se refere à produção norte-americana de etanol à base de milho, que vem desviando grandes quantidades desse alimento básico para a produção de combustível.

INVASÃO

Críticos dizem que no Brasil a produção de etanol está levando agricultores e pecuaristas a invadir áreas maiores da floresta amazônica. Lula rejeitou essas alegações e disse que países da Europa e outras regiões não têm o direito de fazer sugestões quanto à política com relação à Amazônia.

"Nenhum país no mundo tem a autoridade moral e política de falar conosco sobre conservação ambiental e etanol", disse ele, acrescentando que a União Européia conserva apenas 0,3 por cento de sua mata original.

"A Amazônia é nossa e vamos cuidar dela de maneira responsável."

Lula é defensor de longa data do etanol à base de cana, dizendo que o combustível pode ajudar a combater o aquecimento global e permitir que países pobres contrabalancem a alta dos preços do petróleo, que ele atribuiu à especulação do mercado.

Ele disse que o Brasil é a prova de que os países não precisam escolher entre alimentos ou combustíveis. Com o etanol feito de cana de açúcar, o Brasil vem elevando sua produção de biocombustíveis ao mesmo tempo em que aumenta sua produção agrícola.

"Nós brasileiros estamos convencidos de que o mundo pode resistir, mas que terá que assumir a responsabilidade por usar outros combustíveis", disse Lula.

Henrietta Fore, administradora da Agência dos EUA para o Desenvolvimento Internacional (Usaid), falou favoravelmente sobre o programa brasileiro de etanol antes da cúpula da ONU.

"Temos tido relações muito produtivas com o Brasil com relação aos biocombustíveis", disse ela a jornalistas no domingo. "O Brasil tem um programa muito eficaz de combustível à base de cana de açúcar que poderá ser de enorme utilidade para o Caribe."

(Agência Estado, 01/06/2008)


desmatamento da amazônia (2116) emissões de gases-estufa (1872) emissões de co2 (1815) impactos mudança climática (1528) chuvas e inundações (1498) biocombustíveis (1416) direitos indígenas (1373) amazônia (1365) terras indígenas (1245) código florestal (1033) transgênicos (911) petrobras (908) desmatamento (906) cop/unfccc (891) etanol (891) hidrelétrica de belo monte (884) sustentabilidade (863) plano climático (836) mst (801) indústria do cigarro (752) extinção de espécies (740) hidrelétricas do rio madeira (727) celulose e papel (725) seca e estiagem (724) vazamento de petróleo (684) raposa serra do sol (683) gestão dos recursos hídricos (678) aracruz/vcp/fibria (678) silvicultura (675) impactos de hidrelétricas (673) gestão de resíduos (673) contaminação com agrotóxicos (627) educação e sustentabilidade (594) abastecimento de água (593) geração de energia (567) cvrd (563) tratamento de esgoto (561) passivos da mineração (555) política ambiental brasil (552) assentamentos reforma agrária (552) trabalho escravo (549) mata atlântica (537) biodiesel (527) conservação da biodiversidade (525) dengue (513) reservas brasileiras de petróleo (512) regularização fundiária (511) rio dos sinos (487) PAC (487) política ambiental dos eua (475) influenza gripe (472) incêndios florestais (471) plano diretor de porto alegre (466) conflito fundiário (452) cana-de-açúcar (451) agricultura familiar (447) transposição do são francisco (445) mercado de carbono (441) amianto (440) projeto orla do guaíba (436) sustentabilidade e capitalismo (429) eucalipto no pampa (427) emissões veiculares (422) zoneamento silvicultura (419) crueldade com animais (415) protocolo de kyoto (412) saúde pública (410) fontes alternativas (406) terremotos (406) agrotóxicos (398) demarcação de terras (394) segurança alimentar (388) exploração de petróleo (388) pesca industrial (388) danos ambientais (381) adaptação à mudança climática (379) passivos dos biocombustíveis (378) sacolas e embalagens plásticas (368) passivos de hidrelétricas (359) eucalipto (359)
- AmbienteJá desde 2001 -