Os seis funcionários da Funasa que eram mantidos reféns por índios guaranis da aldeia Renascer, de Ubatuba, no litoral norte de São Paulo, foram liberados no final da noite de anteontem. A liberação ocorreu após um acordo em que o órgão se comprometeu a analisar as reivindicações sobre melhorias no sistema de captação de água e esgoto da aldeia.
Em Cuiabá (MT), índios irantxe e mynky encerraram ontem, após cinco dias, a invasão à sede da Funasa. Segundo o órgão, o repasse de verbas para a saúde indígena, atrasado desde janeiro, foi feito ontem e o dinheiro deve estar disponível na segunda.
Em Carmésia (MG), os pataxós mantêm caminhões com tubos de aço da mineradora MMX retidos na aldeia. Querem que a empresa doe um trator para compensar o tráfego maior na reserva. Segundo a MMX, são cinco os veículos apreendidos. Em Capitão Poço (PA), até o início da noite de ontem, tembés mantinham um servidor da Funasa refém. Eles querem a implantação de um posto de saúde na aldeia. O órgão afirma que o posto ainda não foi concluído por irregularidades com a ONG que presta serviços na região. A invasão ao prédio da Funasa em Porto Velho chegou ao terceiro dia ontem.
(Folha de SP, 31/05/2008)