A tempestade tropical Alma, a primeira da temporada de furacões do Pacífico Oriental deste ano a atingir a América Central, castigou a Nicarágua com fortes chuvas e ventos e levou as autoridades a evacuar 25 mil pessoas de regiões vulneráveis. A Alma, que se formou no Oceano Pacífico, atingiu o continente na quinta-feira, derrubando linhas de transmissão de energia e de telefone e causando estragos em casas.
Segundo o jornal La Prensa, da Nicarágua, pelo menos três pessoas morreram e dez ficaram desaparecidas. Milhares de pessoas também foram retiradas de suas casas em Honduras e na Costa Rica. Segundo o Centro Nacional de Furacões dos Estados Unidos, na tarde desta sexta-feira, a tempestade, agora uma depressão tropical, estava em processo de dissipação na região da fronteira entre Honduras e Guatemala.
Temporada do Atlântico
A Administração Nacional Atmosférica e Oceânica dos Estados Unidos (NOAA, na sigla em inglês) anunciou na semana passada a previsão de que ocorram neste ano até nove furacões na temporada do Atlântico, que começa no domingo.
A expectativa do órgão é de que, desse total, de dois a cinco se transformem em grandes furacões, com categoria de três a cinco na escala Saffir-Simpson, que mede a força e o potencial destrutivo deles. Uma temporada considerada normal tem seis furacões, dos quais dois alcançam forma acima de três na escala, com ventos com velocidade superior a 178 km/h.
Os cientistas avaliam que a temporada deste ano tem 90% de chance de ser normal ou um pouco mais ativa do que o normal, e 65% de chance de ter mais tempestades do que a média. A WeatherBug, empresa que presta serviços de previsão meteorológica, tem uma previsão um pouco mais pessimista. Em um relatório, a empresa diz que 2008 deve ter até seis furacões, sendo que até quatro devem ser categoria três ou mais.
A temporada de furacões do Atlântico, que vai de 1º de junho a 30 de novembro, é mais temida do que a temporada do Pacífico por ter causado, nos últimos anos, tempestades que provocaram prejuízos bilionários e milhares de mortes, como os furacões Ivan (em 2004) e Katrina (em 2005).
(BBC Brasil, 30/05/2008)