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hidrelétrica foz do chapecó
2008-05-30

As usinas hidrelétricas geram uma necessidade básica do mundo moderno: a eletricidade.  Mas, se por um lado, viabilizam o uso de tantas opções tecnológicas e confortos modernos, por outro, o impacto que causam é motivo sempre de polêmica. A vegetação suprimida, o deslocamento de animais, a diminuição da pesca, a mudança na vida das pessoas que residiam na área e em seu entorno devem ser levados em consideração, o que nem sempre acontece.

Do Sul do país, vem um esforço no sentido de reduzir os impactos da instalação da Usina Hidrelétrica (UHE) Foz do Chapecó, que está sendo construída no rio Uruguai, na divisa dos estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina, nos municípios de Alpestre (RS) e Águas de Chapecó (SC). O consórcio Foz do Chapecó Energia desenvolveu estudos para a preservação dos recursos pesqueiros na região, em parceria com a Unochapecó (Universidade Comunitária Regional de Chapecó), a Fundação Universitária do Desenvolvimento do Oeste (Fundeste) e o Instituto Regional para o Desenvolvimento Sustentável.

O consórcio é composto por Furnas Centrais Elétricas, CPFL Energia e Companhia Estadual de Energia Elétrica (CEEE), do Rio Grande do Sul. Um primeiro estudo, apresentado ao Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis) mostrou que a escada para peixes, utilizada para a transposição da barragem por esses animais, é insuficiente.

Um segundo estudo, que deve ser apresentado ao Ibama agora na primeira semana de junho, prevê a instalação de uma estação de piscicultura com área de 150 a 200 mil metros quadrados e investimento de 1,5 a 2 milhões de reais. “A nova estação será em complemento a já existente de São Carlos, com laboratório para pesquisa, tanques para criação de larvas e reprodução de espécies nativas”, explica a AmbienteBrasil, Enio Schneider, diretor superintendente da Foz do Chapecó Energia.

A Estação de Piscicultura do município de São Carlos (EPISCar), localizada em Santa Catarina e administrada pela Fundeste, tem obtido sucesso na reprodução de peixes nativos da região, como dourado, o curimbatá, o pintado amarelo, a piava e a piracanjuba e possui um banco genético vivo único de todas as espécies migratórias do Rio Uruguai.

Juntamente com a Unochapecó, será feito o monitoramento trimestral dos recursos pesqueiros, analisando a quantidade e qualidade do pescado na bacia e estudo das rotas migratórias. Enio Schneider explica que durante a piracema, parte do pescado será transposta e outra será capturada para reprodução. A meta é a soltura de 100 mil alevinos por anos na bacia do Rio Uruguai. Segundo ele, a EPISCar deve ser destinada à educação ambiental e turística com aquários e tanques para visitação de pessoas e turmas escolares.

Os maiores beneficiados com esse programa serão os pescadores, que terão mais quantidade e qualidade de peixes. “O projeto prevê o fornecimento de barcos e o treinamento de pescadores na técnica de tanques-rede”, comenta Enio. Visando agregar valor ao pescado, será instalado no município um local para resfriamento e tratamento dos peixes. Em São Carlos está sendo montada uma peixaria para facilitar a venda entre pescadores e consumidores finais.

A usina hidrelétrica Foz do Chapecó deve começar a gerar energia em agosto de 2010 com potência instalada de 855 megawatts e 432 megawatts de energia assegurada. Esta capacidade será suficiente para atender a 25% da população de Santa Catarina e 20% da população do Rio Grande do Sul.

(Por Neide Campos, AmbienteBrasil, 30/05/2008)


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