São roupas feitas de fibras de bambu, algodão e até garrafa pet reciclável
Empresas lançaram produtos ecologicamente corretos na 9ª Feira Internacional da Indústria Têxtil (Texfair), que vai até sexta-feira no Parque Vila Germânica, em Blumenau.
São roupas feitas de fibras de algodão, bambu e até garrafa pet reciclável, para conquistar os chamados ambientalmente conscientes.
Na grife Camú Camú, de São Paulo, os produtos feitos a partir destas matérias-primas já representam 30% da produção total. No mercado de moda infantil há 35 anos, a marca começou a apostar no novo mercado há três coleções.
Depois de nove anos de atuação, a paranaense GMTex também aderiu à moda verde. Vai lançar no segundo semestre a primeira peça 100% ecologicamente correta da produção: uma blusa infantil em tecido de algodão puro com silk (estampa adesiva) biodegradável.
Segundo a consultora de moda Glória Kalil, que visitou a Texfair na quarta-feira, a necessidade de preservar matérias-primas é uma tendência natural da indústria e independe de modismos.
Apesar de a moda verde estar em alta, a indústria têxtil é cautelosa ao investir no nicho. Isso porque, de maneira geral, os produtos ecologicamente corretos são mais caros, por conta do processo de produção mais lento e caro.
— O que se discute na indústria, é que ainda não deu tempo para saber se o consumidor estará disposto a pagar um pouco mais por estes produtos — considera o coordenador de marketing da Malwee, Jonas Henrique Jacobi.
A empresa de Jaraguá do Sul é uma das pioneiras da produção têxtil sustentável. Além de desenvolver coleções de fibra de bambu e adotar medidas de redução de consumo de água, este ano inovou com a primeira máquina do mundo de estonar malha — processo que deixa a peça com aparência desbotada — sem usar água ou agentes químicos.
(Jornal de Santa Catarina, Diário Catarinense ONline, 29/05/2008)