O Plano Diretor Cicloviário Integrado de Porto Alegre foi apresentado ontem, 28, pelo prefeito José Fogaça, durante coletiva no auditório da Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC). Com o objetivo de incentivar o uso da bicicleta como nova alternativa de transporte, o plano identifica 495 quilômetros em diferentes regiões da cidade com possibilidade de ter ciclovias e ciclofaixas. O projeto deverá ser encaminhado à apreciação da Câmara Municipal nos próximos dias.
Durante a apresentação, o prefeito destacou a importância do projeto para a cidade, que vive um novo cenário de transformações urbanas. Na questão da mobilidade, especificamente no trânsito de veículos, Fogaça salientou que, para uma população de cerca de 1,5 milhão de habitantes, existem 600 mil veículos em circulação, ou seja, um automóvel para cada duas pessoas. "A cidade vive uma nova perspectiva de mobilidade urbana e, por isso, estamos focados na qualificação do transporte público e no incentivo à utilização de novos modais de transporte, como a bicicleta", disse o prefeito.
Conforme o secretário municipal de Mobilidade Urbana, Luiz Afonso Senna, a expectativa é de inaugurar 18 quilômetros de ciclovias até o final do ano. Ele explicou que a elaboração do plano atende a diretrizes estabelecidas no Código Brasileiro de Trânsito e no Plano de Desenvolvimento Urbano e Ambiental (PDDUA). O projeto tem como objetivo, além de resultar em maior segurança ao usuário, proporcionar mais qualidade de vida pela melhoria de questões urbanas e ambientais. As projeções identificaram uma demanda futura e, a partir dela, foi desenhada a Rede Cicloviária Estrutural, que cobre as principais vias do município, e estabelecidas prioridades de acordo com o maior retorno social dos investimentos. De acordo com o secretário, cada quilômetro deverá ter um custo médio de R$ 150 mil.
Educação para o trânsito - Para a elaboração do plano, foi realizado um levantamento das vias, com cerca de 700 quilômetros percorridos em bicicleta. O projeto também contou com a participação dos ciclistas da Capital. O presidente da Associação Ciclística da Zona Sul, Paulo Alves, elogiou a iniciativa e afirmou que o novo plano cicloviário irá estimular o uso da bicicleta, já que, atualmente, ele é inferior a 1%, conforme dados da EPTC. "É um projeto excelente, mas não podemos esquecer da questão educacional. É muito importante que os ciclistas e os novos usuários sejam preparados para a correta utilização das vias", observou.
(Prefeitura de Porto Alegre, 28/05/2008)