(29214)
(13458)
(12648)
(10503)
(9080)
(5981)
(5047)
(4348)
(4172)
(3326)
(3249)
(2790)
(2388)
(2365)
passivos de hidrelétricas
2008-05-29
A Campanha Popular Viva o Rio Madeira Vivo lançou uma nota manifestando apoio à população ameaçada pelas Usinas Hidrelétricas de Santo Antônio e Jirau, no rio Madeira, em Rondônia.

Segundo a nota, o Complexo Madeira representa uma ameaça, "já que os Estudos de Impacto Ambiental não consideraram os povos indígenas isolados que se deslocam constantemente para garantir sua vida".

Leia a nota na íntegra:

Uma nota em favor dos Ameaçados pelo Complexo Madeira

A Campanha Popular Viva o Rio Madeira Vivo, composta por dezenas de entidades e pessoas comprometidas com a Justiça em Defesa dos Direitos Humanos, por uma Amazônia Sustentável, pelos Rios Livres de Barragens, da qual participam os segmentos sociais (indígenas, ribeirinhos, quilombolas, pequenos agricultores, extrativistas e tantos outros) desta vasta região ameaçada pelas hidrelétricas de Santo Antonio e Jirau, partes do Complexo Madeira, vem a público externar sua consternação com a violação dos direitos humanos ratificados pelo Governo Brasileiro na Convenção 169 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), que reza pela proteção integral da vida das populações tradicionais ameaçadas por empreendimentos altamente impactantes negativamente em suas vidas.

O Complexo Madeira representa esta ameaça, já que os Estudos de Impacto Ambiental não consideraram os povos indígenas isolados que se deslocam constantemente para garantir sua vida.  Ameaça também a integridade de territórios onde os povos ribeirinhos tiram o sustento de suas famílias à partir da produção de várzea e da pesca.  Ameaça ainda a qualidade da água consumida diariamente para matar a sede de pessoas e animais, principalmente por não ter sido feito estudo de impacto sobre a Bacia Hidrográfica do Rio Madeira, estendida pelos seus principais formadores no lado brasileiro e boliviano: Mamoré, Jaci, Mutum, Ribeirão, Abunã, Beni, Madre Diós, Guaporé, Cautário, Pacaá Nova entre outros.

Condenamos a atitude do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) de iniciar o processo de licenciamento desta obras com mais de trezentos questionamentos apresentado pela Diretoria de Licenciamento do órgão em março de 2007, provocando a demissão dos mesmos pelo Governo.  Esta atitude tem gerado incertezas na população ameaçada, já que a ausência de informação dos reais impactos é total.

Como se não bastasse a realização do Leilão de Santo Antonio e Jirau abriu lacunas ainda maiores, pois este último, o Consórcio vencedor apresentou e foi acatado pela ANEEL, mudanças radicais no cerne do projeto, ou seja, localização do barramento (9 km abaixo do estudado) e mudança no tipo de turbina, propondo desistir da tipo Bulbo em favor da tipo Kaplan - modelo tradicional adotado em Tucuruí, Balbina entre outros.  Diante destas novas propostas da Suez Energy, Camargo Corrêa, Eletrosul e Chesf, exigimos que o IBAMA elabore novo Termo de Referência e exija a elaboração de novo EIA e trâmite transparente com participação da sociedade civil.

Conclamamos ao Ministério Público Federal (MPF), ao Ministério Público Estadual de Rondônia (MPE/RO) e a toda a sociedade que defendam o direito das populações tradicionais ameaçadas, à luz da Convenção 169, garantindo os Direitos Humanos básicos: segurança alimentar, moradia, proteção a integridade física e cultural, ameaçados por este complexo: incerteza de para onde serão deslocados, como pagarão empréstimos (PRONAF), qual o valor de indenização (maioria não tem título do lote), qual o futuro dos filhos e netos...

Em nota, a Campanha Popular Viva o Rio Madeira Vivo se manifesta em defesa dos Direitos das populações tradicionais ameaçados e já atingidos pelo Complexo Madeira.

(Amazonia.org.br, 28/05/2008)


desmatamento da amazônia (2116) emissões de gases-estufa (1872) emissões de co2 (1815) impactos mudança climática (1528) chuvas e inundações (1498) biocombustíveis (1416) direitos indígenas (1373) amazônia (1365) terras indígenas (1245) código florestal (1033) transgênicos (911) petrobras (908) desmatamento (906) cop/unfccc (891) etanol (891) hidrelétrica de belo monte (884) sustentabilidade (863) plano climático (836) mst (801) indústria do cigarro (752) extinção de espécies (740) hidrelétricas do rio madeira (727) celulose e papel (725) seca e estiagem (724) vazamento de petróleo (684) raposa serra do sol (683) gestão dos recursos hídricos (678) aracruz/vcp/fibria (678) silvicultura (675) impactos de hidrelétricas (673) gestão de resíduos (673) contaminação com agrotóxicos (627) educação e sustentabilidade (594) abastecimento de água (593) geração de energia (567) cvrd (563) tratamento de esgoto (561) passivos da mineração (555) política ambiental brasil (552) assentamentos reforma agrária (552) trabalho escravo (549) mata atlântica (537) biodiesel (527) conservação da biodiversidade (525) dengue (513) reservas brasileiras de petróleo (512) regularização fundiária (511) rio dos sinos (487) PAC (487) política ambiental dos eua (475) influenza gripe (472) incêndios florestais (471) plano diretor de porto alegre (466) conflito fundiário (452) cana-de-açúcar (451) agricultura familiar (447) transposição do são francisco (445) mercado de carbono (441) amianto (440) projeto orla do guaíba (436) sustentabilidade e capitalismo (429) eucalipto no pampa (427) emissões veiculares (422) zoneamento silvicultura (419) crueldade com animais (415) protocolo de kyoto (412) saúde pública (410) fontes alternativas (406) terremotos (406) agrotóxicos (398) demarcação de terras (394) segurança alimentar (388) exploração de petróleo (388) pesca industrial (388) danos ambientais (381) adaptação à mudança climática (379) passivos dos biocombustíveis (378) sacolas e embalagens plásticas (368) passivos de hidrelétricas (359) eucalipto (359)
- AmbienteJá desde 2001 -