A Petrobras informou ontem (27) que dará início à distribuição para os fabricantes de veículos movidos a óleo diesel do insumo com 50 ppm (partícula por milhões de enxofre), que desta forma entra em sua fase de teste nas montadoras.
Em nota, a empresa informa que o combustível atende às especificações da portaria da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), de número 32/2007.
A portaria estabelece as especificações do diesel 50 ppm para os testes de desenvolvimento de motores.
A nota informa ainda que, a partir de junho, a companhia passará a fornecer o diesel de referência para que sejam feitos os testes de consumo e emissões.
A iniciativa visa permitir que as montadoras possam utilizar o combustível no desenvolvimento de motores para atendimento à fase P-6 do Programa de Controle da Poluição do Ar por Veículos Automotores – Proconve.
A Petrobras participa do Proconve desde o seu início, em 1986 e, desde então, em cumprimento às exigências legais estabelecidas, vem reduzindo gradativamente o percentual de enxofre no diesel comercializado no país.
No início da década de 90, o teor de enxofre no diesel comercializado no país era de 13.000 ppm. Hoje, a empresa já disponibiliza o diesel metropolitana com 500 ppm.
Segundo entrevista recente do diretor de Abastecimento e Refino da Petrobras, Paulo Roberto Costa, até 2009 a Petrobras já estará fornecendo o diesel 50 ppm de enxofre para ser utilizado nos veículos pesados em circulação no país.
De acordo com as informações do diretor, para se adaptar às novas especificações fixadas pela portaria da ANP, os veículos passarão a adotar uma nova tecnologia, adequando-se, dessa forma, às exigências determinadas à ANP pelo Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conama).
As informações de Costa indicam ainda que a Petrobras, com o objetivo de melhorar a qualidade do diesel comercializado no país, investirá até 2012 R$ 9 bilhões em unidades de hidrotratamento de diesel.
Atualmente, cabe ao Conama estabelecer os limites de emissões a serem atendidos pelos veículos leves e pesados – o que ficou estabelecido em 2002 com a Resolução Conama número 315. Ela, no entanto, não define a qualidade dos combustíveis, o que é uma atribuição da ANP – o que foi feito em 2007.
Informações da Petrobras indicam que a tecnologia para atendimento da fase P-6 do Programa de Controle de Poluição, resultado da resolução da ANP, deverá utilizar um sistema de pós-tratamento de gases de escapamento, à base de uréia, que na Europa utiliza um diesel com teor de 50 ppm.
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Agência Brasil, 27/05/2008)