O senador Expedito Júnior (PR-RO) disse que não admitirá mais que o setor madeireiro do seu estado seja atacado indevidamente por qualquer senador. Ele assegurou que a Secretaria de Meio Ambiente do estado está procurando fazer "o dever de casa" corretamente e que o setor madeireiro está buscando adequar-se ao plano de manejo e à licença operacional para trabalhar na legalidade.
- Madeireiro lá em Rondônia não é bandido e não pode ser visto como bandido. Nós temos que reconhecer que quem empurra o setor madeireiro para a ilegalidade é o próprio governo, que não tem a regularização fundiária na Amazônia - avaliou.
Expedito Júnior afirmou que a responsabilidade pelo desmatamento hoje na Amazônia é das invasões e dos assentamentos feitos pelo Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária). Com isso, observou o senador, não se pode mais falar em reforma agrária na região amazônica. Ele ainda assinalou que o setor madeireiro de Rondônia tem consciência de que é a madeira que vai gerar riqueza no estado, já que responde por 20% da economia local.
- Não posso permitir que se trate aqui o madeireiro como bandido ou que se coloque o madeireiro na mesma vala comum. Eu sou obrigado a fazer essa defesa aqui. Eu não sou madeireiro, não sou sustentado pelo setor madeireiro, mas não posso permitir que uma importante categoria, que aquece a economia do meu estado, seja tratada como bandido como foi no Plenário desta Casa - concluiu.
(Por Ricardo Icassatti, Agência Senado, 27/05/2008)