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conservação dos cetáceos
2008-05-28

Activistas da Greenpeace apresentaram uma caixa de carne de baleia obtida de forma ilícita por um tripulante do Nisshin Maru, o navio-fábrica da frota japonesa, depois do seu regresso da campanha de caça à baleia nas águas do Oceano Antárctico. Após obterem a caixa, os activistas levaram-na para o escritório do Ministério Público em Tóquio, como prova da corrupção existente no programa de "caça científica" de baleias apoiado pelo governo japonês.

A Greenpeace esteve a investigar nos últimos quatro meses e obteve provas de que existe fraude de grande escala, na qual estarão alegadamente implicados tripulantes do Nisshin Maru. Estes ficam com as melhores peças de carne de baleia, provenientes do chamado programa de "caça científica" de baleias. Os baleeiros retiram-na do barco às escondidas, entre as suas bagagens pessoais, para posteriormente comercializa-la de forma ilegal.

Quando o Nisshin Maru chegou ao Japão a 15 de Abril de 2008, proveniente do Oceano Antárctico, graças à informação proporcionada por empregados da Kyodo Senpaku, a companhia que gere a frota baleeira japonesa, a Greenpeace pôde documentar a descarga de carne de contrabando, do navio para um camião especial. A operação decorreu à vista dos oficiais da Kyodo Senpaku e da tripulação do navio. Activistas da Greenpeace seguiram a mercadoria desde que saiu do barco até ao ponto de entrega num armazém em Tóquio.

A Greenpeace interceptou uma das caixas enviadas, levando-a para um sítio privado onde pôde inspeccionar o seu conteúdo e comprovar a fraude. A etiqueta da caixa afirmava que a mesma continha cartão, mas na realidade no seu interior havia 23,5 Kg de carne de baleia salgada da melhor qualidade, avaliada em 2.000 euros. Um informador declarou à Greenpeace que dezenas de tripulantes retiraram do navio até 20 caixas cada. Investigações realizadas mais tarde em alguns restaurantes do Japão confirmaram que estes estavam à espera da chegada de carne de baleia proveniente da caça deste ano, apesar da Agência de de Pescas do Japão e do Instituto de Investigação de Cetáceos não terem autorizado a venda até finais de Junho de 2008.
Os informadores a que a Greeenpeace teve acesso afirmam que a tripulação mais veterana do Nisshin Maru e os oficiais do Kyodo Senpaku têm fechado os olhos perante esta fraude e permitiram que a mesma prossiga durante décadas. Um informador vinculado a Kyodo Senpaku assegurou à Greenpeace que responsáveis do Instituto de Investigação de Cetáceos (ICR) que se encontravam a bordo do Nisshin Maru também conheciam o escândalo e não fizeram nada para o evitar.

"A informação que conseguimos apurar indica que a dimensão do escândalo é tão grande que seria impossível que o ICR e a empresa que gere esta frota, Kyodo Senpaku, não soubessem de nada", afirmou Junichi Sato, coordenador da campanha contra a a caça à baleia da Greenpeace Japão. A Greenpeace exige uma investigação aprofundada que avalie o nível de corrupção existente no programa de caça às baleias. Além disso, a Greenpeace pede ao governo japonês que termine com o financiamento público a este programa e que a licença da empresa que o leva a cabo seja revogada.

O actual programa de caça científica de baleias, apoiado pelo Governo Japonês, no santuário do Oceano Antárctico, tem estado rodeado de controvérsia desde o seu início e tem vindo a afectar negativamente a imagem internacional do Japão. Este escândalo coloca na mesa a dúvida sobre quem está a beneficiar com um programa que não tem nem utilidade científica nem é sustentável do ponto de vista comercial.

"O programa de caça à baleia na Antárctida é financiado com dinheiro dos contribuintes japoneses e estes têm o direito de saber quem está a ser beneficiado", comenta Sato. "Está na hora deste programa terminar e de que os dinheiros públicos que o suportam sejam empregues em projectos que preservem a vida nos oceanos."

(Greenpeace, 20/05/2008)


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