O diretor de Exploração e Produção da Petrobras, Guilherme Estrella, revelou que a estatal não vai cumprir a previsão de terminar até o final deste mês o teste de produtividade do campo de Carioca, na Bacia de Santos. O fim deste teste poderia possibilitar uma estimativa das reservas do campo, nos moldes do que ocorreu com Tupi, também em Santos, e que tem estimativa de reservas entre 5 bilhões e 8 bilhões de barris.
De acordo com Estrella, a estatal tem que realizar testes para ocorrência de hidrocarbonetos em todos os campos que possui na Bacia de Santos na área conhecida como pré-sal antes do fim deste ano e início do ano que vem, para que não tenha que devolver as concessões para a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Devido à pressão das datas, a Petrobras tem deslocado as sondas de perfuração entre os campos antes de fazer testes mais prolongados.
O campo de Carioca, o BM-S-9, ficou famoso no mês de abril, quando o diretor-geral da ANP, Haroldo Lima, disse que a região poderia ter até 33 bilhões de barris de reserva.
"Ainda não sabemos quando vamos anunciar o teste de produção em Carioca. Precisamos deslocar a sonda para não perdermos as concessões", frisou.
Estrella confirmou ainda que a produção do Teste de Longa Duração de Tupi vai começar em março de 2009 e que os contratos para fornecimento de uma plataforma para produção de 10 mil a 20 mil barris diários de petróleo já foram fechados com a empresa norueguesa Bergesen. Neste teste haverá ainda a queima de 500 mil metros cúbicos diários de gás.
O piloto de produção, que iniciará a produção de 100 mil barris diários a partir de dezembro de 2010, está na fase de recebimento de propostas para a construção do navio-plataforma que também terá capacidade de estocar gás. A fase de entrega de propostas vai até agosto.
(Por Rafael Rosas, Valor Online, 26/05/2008)