A Braskem garantiu que não está fazendo leilão entre Rio Grande do Sul e Bahia para instalação de sua fábrica de polímeros verdes, como comentei na semana passada. A oscilação das notícias, se será construída aqui ou na Bahia, se deve, ao fato de que o projeto da Bahia já estava formulado quando a empresa cresceu no Sul, com a aquisição da Copesul e da Ipiranga, negócios que tornaram viável o projeto ser instalado aqui. Então, os estudos de produção, demanda, logística, fornecimento etc estão sendo refeitos para o Sul.
Polímeros II
Mas o grande impasse, o obstáculo, ainda está nos créditos de exportação, que devem andar em torno de R$ 300 milhões que a empresa tem a receber desde que o governo Germano Rigotto, em conseqüência da crise do estado, fechou esta torneira.
A empresa não quer pagar ICMS pleno na compra das matérias-primas, fabricar e, depois, na hora da exportação dos polímeros, deixar de receber o crédito. Outros setores exportadores, como o fumageiro, já negociaram seus créditos, também superiores a R$ 300 milhões, com os governos. A Braskem quer fazer o mesmo. O presidente da Federação das Indústrias, Paulo Tigre, acredita que "todos os indicativos são de que a fábrica de polímero verde da Braskem será no Rio Grande do Sul". Disse-me isso, ontem (26), na Fiergs, durante o almoço dos 75 anos do Jornal do Comércio e do Dia da Indústria. Fez questão, porém, de esclarecer: "É apenas achismo.
(JC-RS, 27/05/2008)