Engenheiros europeus elaboraram o primeiro modelo de dois tipos de transistores de potência largamente utilizados pela indústria, o que permitirá que eles passem a ser fabricados de forma mais eficiente, consumam menos energia e utilizando menos material.
Transistores de potência
Transistores de potência são utilizados para controlar grandes cargas elétricas em praticamente todos os tipos de circuitos e são cada vez mais utilizados nos automóveis mais modernos, nos circuitos que controlam a direção elétrica, ar-condicionado e todo o aparato que cada vez mais é acionado de forma elétrica e controlado eletronicamente.
Esses componentes eletrônicos pesos pesados funcionam como uma espécie de válvula, inibindo ou permitindo que a corrente elétrica chegue até os circuitos ou os motores, por exemplo.
DMOS e LIBGT
Até agora, contudo, não se conhecia com rigor o funcionamento de dois tipos desses transistores, o DMOS ("Double-diffused Metal Oxide Semiconductor") e o LIGBT ("lateral-insulated gate bipolar transistor").
Na falta de modelos adequados, a indústria vem fabricando componentes desses dois tipos que apresentam um consumo de energia maior do que seria necessário, além de gastar em excesso as caríssimas matérias-primas com que são feitos os transistores.
Aplicações automotivas
Não é que não existissem modelos desses transistores, uma vez que o modelo de um funcionamento de um componente é essencial para sua fabricação. Acontece que os modelos existentes somente previam o funcionamento dos transistores em temperatura ambiente. Uma situação muito diferente do que ocorre sob o capô de um automóvel.
O que os engenheiros do projeto Robuspic fizeram foi criar um modelo que mostra como o transistor funciona à medida que a temperatura varia e também quando seu funcionamento é levado ao extremo, com o aumentando de sua velocidade de chaveamento.
Economia de energia
De posse dos novos modelos, a indústria poderá calcular melhor a tolerância de cada transístor a variações de temperatura, conseguindo fabricar componentes otimizados para cada aplicação.
"Esta modelagem permitirá que os projetistas construam seus motores e suas fontes de alimentação com muito maior eficiência, evitando assim o desperdício de energia elétrica," afirma o coordenador do projeto Edgard Laes.
(Inovação Tecnológica, 26/05/2008)