Para a Fatma, o Parque Estadual do Acaraí já existe. O presidente da entidade, Carlos Kreuz, avalia que esse é "um dos parques em que a Fatma mais se esforçou". "Tanto que o Ministério Público sugeriu um termo de ajuste de conduta e recusamos."
Segundo ele, o único erro é a demora em indenizar moradores. As escrituras ainda estão sendo levantadas. Ele afirma que nova reunião com a Justiça, em junho, pode adiantar a etapa. Não se sabe quantas pessoas terão de ser realocadas. Há um fundo de R$ 10 milhões para indenizações. Quanto às atividades permitidas no parque, ele sustenta que estarão previstas no plano de manejo.
Na sexta-feira, o Ministério Público (MPSC) pediu que o desembargador Domingos Paludo esclareça a sua última decisão. No início do mês, o magistrado manteve parcialmente liminar que impedia a Fatma de prosseguir com a instalação do parque. Paludo permitiu que estudos continuassem. "Pedi que ele especificasse o que a fundação pode fazer", diz a promotora Simone Schultz.
Ela afirma que o MPSC defende cerca de cem pessoas que vão ter a vida afetada pelo parque. "Não somos contra o parque, mas queremos que o decreto seja reformulado", diz a promotora.
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A Notícia, 25/05/2008)