O superintendente regional do Incra, Luciano Brunet, que assumiu em janeiro, reconhece que a situação em Anapu é ingrata. "O Incra chega muito devagar nesses lugares." Ele diz que até 2003 ou 2004 o escritório regional do órgão funcionava como "uma grande agência imobiliária", concedendo licenças de exploração e contratos de cessão de terras públicas "a torto e a direito".
Com a Operação Faroeste, da Polícia Federal, vários servidores foram afastados. Brunet recebeu a incumbência de pôr a casa em ordem. "Para desfazer tudo não é fácil." Quem está nas áreas invoca direitos na Justiça. "Pelo menos na primeira instância, a tendência é dar ganho de causa a posseiros."
Ele atribui a deterioração das vicinais ao trânsito de carretas com madeira ilegal e cita vários outros problemas graves.
(Por José Maria Tomazela, O Estado de São Paulo, 26/05/2008)