Tramandaí - A Fundação de Proteção Ambiental (Fepam) e do Batalhão Ambiental da Brigada Militar farão hoje uma nova vistoria para avaliar possíveis danos ambientais provocados pelo vazamento de petróleo no Litoral Norte, constatado na sexta-feira (23). Ontem (25), o mar agitado prejudicou uma avaliação detalhada sobre estragos deixados pelo acidente em cinco quilômetros de praia entre Tramandaí e o balneário de Salinas. No sábado, equipes das Transpetro, subsidiária da Petrobras, passaram o dia limpando a areia, onde manchas de óleo foram vista por moradores e banhistas.
Autoridades temem que animais marinhos apareçam mortos nos próximos dias. Em 2006, em outro desastre ambiental na Petrobras, aves silvestres e lobos-marinhos foram achados sem vida na praia depois de 72 horas do derramamento.
- Vamos esperar até terça-feira para concluir o relatório que será encaminhado ao Ministério Público Federal, que irá decidir se denunciaremos ou não a Petrobras - disse o tenente Claudiomiro da Silva Pedro, comandante do 1º Batalhão Ambiental de Tramandaí.
A investigação feita até agora aponta o vazamento de 750 litros do produto no mar. Apesar de prejudicial ao meio ambiente, o acidente é considerado de volume médio. Já houve um desastre no qual 8 mil litros foram despejados na água. Para a Fepam, o transtorno da semana passada poderia ter sido evitado com um trabalho preventivo.
A Petrobras não se manifestou sobre como ocorreu o derramamento. Em nota, informou apenas que os órgão ambientais foram avisados e que uma equipe trabalhou desde sexta-feira para limpar o óleo na praia.
(Pioneiro, 26/05/2008)