O satélite japonês Alos (satélite de observação avançada da terra) já enviou as primeiras imagens sobre o avanço do desmatamento no Brasil. O satélite indicou 57 pontos de desmatamento, além de outros 26 que não foram identificados pelo Deter (Detecção de Desmatamento em Tempo Real) em razão do grande número de nuvens.
As imagens obtidas pelo Alos não sofrem interferências mesmo quando há condições climáticas desfavoráveis.
Foi fechado um acordo com o Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) em agosto de 2007 para receber as imagens do satélite, que pertence à Jaxa (Agência de Exploração Aeroespacial Japonesa).
"Essas imagens fazem com que estejamos na vanguarda do monitoramento e sensoriamento remoto em áreas chuvosas de florestas", afirma Humberto Mesquita, coordenador do CSR (Centro de Sensoriamento Remoto).
Ele diz que esse ganho operacional se reflete nas próprias ações da fiscalização, pois, "o desmatamento não pára por causa das chuvas".
Humberto informa ainda que o Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) pretende construir, em parceria com a Alemanha, um satélite com o mesmo tipo de sensor até 2012.
(Folha Online, 23/05/2008)