Uma réplica de 6,4 graus do terremoto de 12 de maio destruiu mais 70 mil casas e deixou pelo menos dois mortos e 500 feridos, agravando a situação humanitária na Província chinesa de Sichuan, onde há milhões de desabrigados.
O abalo foi o maior entre os milhares registrados desde o tremor de 8 graus na escala Richter que devastou a região há duas semanas. O epicentro da réplica, registrada às 16h21 locais (05h21 de Brasília), foi localizado cerca de 250 km ao nordeste de Chengdu.
Na contagem oficial, 71.300 casas desmoronaram e mais 200 mil podem desabar. Há pelo menos 41 feridos internados em estado grave nos hospitais da região, já abarrotados de vítimas do tremor do dia 12, o mais mortífero na China em mais de três décadas.
Horas antes da réplica de ontem, o premiê chinês, Wen Jiabao, disse que o número de mortos ultrapassa 60 mil e pode chegar a 80 mil. Wen divulgou as informações ao lado do secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, que visitou a área de Sichuan.
Com ajuda estrangeira, autoridades chineses tentam proteger os desabrigados dos riscos de epidemia agravados pela falta de água e de abrigos adequados.
(Folha de São Paulo, 26/05/2008)