O que restou da Mata Atlântica nas grandes cidades está desaparecendo em ritmo acelerado. No lugar das florestas, além da expansão desordenada das favelas, estão surgindo os condomínios de luxo. Só no Rio de Janeiro, devido à expansão urbana, restam apenas 17% de remanescentes da Mata Atlântica.
O alerta é dos membros da organização não-governamental SOS Mata Atlântica, que aproveitaram a manhã ensolarada de sábado (24/05), na capital fluminense, para realizar na praia de Copacabana uma atividade de conscientização em função do Dia Nacional da Mata Atlântica, comemorado na próxima terça-feira, dia 27 de maio.
Para atrair a população, os ambientalistas e voluntários do Serviço Social do Comércio (Sesc), promoveram brincadeiras e um teste de conhecimento sobre a Mata Atlântica. Quem adivinhasse os animais que vivem nesse bioma ganhava um brinde feito com material reciclado.
O diretor de mobilização da SOS Mata Atlântica, Mário Mantovani, lembrava às pessoas, que a preservação ambiental depende mais da conscientização do cidadão do que de ações governamentais. Segundo ele, no Rio a maior preocupação dos ambientalistas é com a expansão urbana em áreas de preservação.
“De 1985 a 1990 o Rio de Janeiro foi o campeão nacional da devastação. Depois a situação se reverteu, mas nos últimos três anos o problema voltou com força. Cada casa que sobe o morro custa mais de 10 vezes para cada cidadão do que uma casa no lugar correto”, disse.
Mantovani, no entanto, não culpou apenas os governos estadual e municipal. Para ele, os cidadãos são co-responsáveis na devastação das florestas.
A Secretaria de Ambiente do Estado do Rio de Janeiro informou que desde o ano passado vem realizando fiscalizações em áreas de preservação permanente na capital e na Região dos Lagos e que vários barracos e imóveis de luxo foram demolidos.
(Por Cristiane Ribeiro, Agência Brasil, 24/05/2008)