Especialistas de cerca de cem governos formalizaram, no último dia 23, a adoção de um conjunto de normas para proteger a saúde e o meio ambiente do gerenciamento indevido de resíduos de plásticos. Eles consideram que a queima de certas famílias de plásticos, como os PVCs, produz dioxinas e furanos, poluentes orgânicos persistentes que causam efeitos adversos sobre os sistemas enzimático e hormonal e que são classificados como possíveis cancerígenos. O novo guia técnico é endereçado especialmente a países que não tenham legislação pertinente e se vêem às voltas com falta de locais adequados para a disposição desse tipo de lixo. Para servir como benchmarking, o chamado Guia Técnico para a Identificação e Manejo Ambientalmente Sustentável de Resíduos Plásticos foi adotado no último dia 17 pelo Grupo de Trabalho da Convenção de Basiléia sobre Controle de Movimentação e Disposição de Cargas Perigosas. A adoção final e formal do documento por este grupo técnico será realizada no 6º Encontro da Conferência das Partes da Convenção de Basiléia, agendado para dezembro próximo em Genebra. De acordo com o guia, todos os tipos de plásticos podem ser reciclados sob condições ambientalmente aceitáveis e a queima não é uma opção ecologicamente aceitável para qualquer tipo de resíduo. O manual diz, no entanto, que a incineração sob condições ambientalmente controláveis, com recuperação de energia, é preferível se comparada à incineração sem ganho energético ou à disposição em aterros. Conforme o documento, mesmo plásticos contendo PVC podem ser incinerados de forma segura e efetiva.