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2008-05-23

Rogério e Daiane Hohn fazem parte da coordenação do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), que luta contra o modelo energético brasileiro atual, cujo principal enfoque é a construção de hidrelétricas.  Durante o Encontro Xingu Vivo para Sempre, eles conversaram com o site Amazônia.org.br para falar da situação dos atingidos pelas barragens e os impactos que a população vai ter com a construção da Hidrelétrica de Belo Monte.  Confira.

Amazônia.org.br: Qual a importância desse evento?
Rogério e Daiane Hohn -
Esse encontro nos dá um caráter de continuidade da lula do MAB [Movimento dos Atingidos por Barragens].  Para o movimento, é interessante mostrar ao governo a oposição da sociedade às políticas atuais. Esse acontecimento reforça a visão dos movimentos, mostra a necessidade de se discutir as construções de hidrelétricas. É um momento de resistência dos povos.  É um espaço para reforçar que a energia que vai ser gerada não ficará para o povo, vai para as grandes empresas, para o exterior

Qual a sua opinião sobre o projeto de Belo Monte?
Rogério e Daiane Hohn -
Todos os projetos estão interligados, por isso é preciso discuti-los num conjunto.  É preciso analisar o modelo energético brasileiro que hoje possibilita que a companhia Vale do Rio Doce tenha 5% do total de energia do Brasil. Diante desse cenário, é possível ver que a construção da usina em Belo Monte está sendo planejada para o consumo de grandes empresas e multinacionais.  Isso está claro.  É só ver o exemplo de Tucuruí: muita gente que é vizinha da usina não possui energia elétrica.  A energia passa por um cabo acima dessas casas e vai direto para empresas.

Quem são os atingidos?
Rogério e Daiane Hohn -
Hoje temos aproximadamente um milhão de atingidos em duas mil barragens.  Há dois tipos de atingidos: aqueles que são realocados e aqueles que ficam na região.  Mesmo ficando, a realidade deles muda. Além deles, há também os atingidos pela tarifa da conta de energia elétrica, que é muito mais cara para a população do que para as empresas.  O atingido não é só o ribeirinho, mas também aquele que paga mais.  Todos sofrem.  Dos 100 atingidos por barragens, 70 nunca receberam nenhuma indenização.

Quantos serão atingidos diretamente pela construção da usina de Belo Monte?
Rogério e Daiane Hohn -
Os primeiros estudos falavam de 150 mil pessoas.  Com a mudança do plano, a Eletrobrás fala hoje em dois mil indígenas, 800 pessoas da cidade e 800 ribeirinhos, mas pela experiência do MAB, quando o governo afirma um número, pode ter certeza que ele será multiplicado por três.

Quais são as ações do movimento para mudar essa situação?
Rogério e Daiane Hohn -
Antes da construção de cada hidrelétrica temos promovido, nas regiões onde elas serão instaladas, muitos debates com relação à energia brasileira.  Não adianta só debater hidrelétricas, temos também que promover a discussão sobre o modelo de energia, levantando questões relacionadas a quem consome, qual o objetivo do consumo... Em situações em que as barragens já foram construídas, vamos atrás das indenizações, da garantia dos direitos à saúde, educação e habitação dessas famílias.

(Por Thais Iervolino, Amazonia.org.br, 22/05/2008)


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