O Ibama concluiu terça-feira (20/05) a primeira fase da operação “Móvel Legal”, no município de Embu, na Grande São Paulo. O objetivo da operação, que vai continuar pela capital e interior de SP, é verificar a procedência das madeiras utilizadas pela indústria moveleira bem como a regularidade ambiental das empresas.
Os resultados da primeira fase foram preocupantes: das 26 empresas visitadas, 22 foram interditadas por falta de licenciamento ambiental. Também foram apreendidos 173 m3 de diversas madeiras nativas (o equivalente a 8 carretas) e um caminhão da marca Scania, que descarregava madeira sem origem legal numa das empresas fiscalizadas. No total foram lavradas 44 autuações, que somaram R$ 162 mil.
Segundo o coordenador estadual de fiscalização do Ibama em SP, Luís Antônio Gonçalves de Lima, a operação demonstrou que muitas empresas de Embu ainda estão desorganizadas com relação ao uso do DOF. “A maioria dos empresários ainda está dependente de contadores para administrar suas contas no Sistema DOF e isso tem provocado falhas”.
A fiscalização notou também que muitas empresas desconsideraram o rigor do sistema DOF e aceitaram a entrega de madeiras em desconformidade com a documentação. Num dos casos, uma empresária encomendou um carregamento de pranchas mas deu aceite para um DOF de toras. Ela foi autuada e teve a madeira em seu pátio apreendida.
Preocupados com o alto índice de interdição das empresas na cidade, fabricantes de móveis e secretários municipais reuniram-se na tarde de segunda (19/05) para buscar o retorno à legalidade. Após ouvirem as explicações do coordenador de fiscalização do Ibama, os moveleiros lamentaram as sanções sofridas, mas disseram-se conscientes das exigências legais. A Prefeitura do Embu também se dispôs a dar o apoio necessário para que o setor volte à normalidade sem infringir a legislação ambiental.
(Por Airton De Grande,
Ibama/SP, 21/05/2008)