Ao analisar o desempenho administrativo do Ministério do Meio Ambiente na gestão da ex-ministra Marina Silva, por meio da realização orçamentária no período de 2003 a 2007, o senador Demóstenes Torres (DEM-GO) criticou o Plano Amazônia Sustentável (PAS) lançado pelo governo no início de maio.
Mesmo reconhecendo os méritos do plano quanto ao diagnóstico do problema amazônico e ao conjunto de dados econômicos, sociais e geográficos no qual se baseou, Demóstenes apontou várias falhas no projeto. Na sua avaliação, o texto dá muita importância ao que seriam "simples providências de ofício", e não atitudes estatais de grande promissão nas áreas de monitoramento e controle ambiental. Um exemplo seria o objetivo declarado de intensificar a fiscalização na região e aumentar os investimentos em segurança.
Além de considerar prolixa a redação do texto, devido ao uso de expressões sociológicas complicadas, Demóstenes avaliou como "extremamente temerário" o projeto "ressaltar o retorno operacional da Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia (Sudam) como instrumento eficaz de política pública para a Amazônia".
- A Sudam historicamente foi uma fonte incomensurável de corrupção, e não vejo como entendê-la purificada, ainda agora que houve a união do aparelhamento petista com antigos abutres- afirmou.
Ao final de seu pronunciamento, Demóstenes deu as boas-vindas à senadora Marina Silva pelo seu retorno à Casa.
(Por Laércio Franzon, Agência Senado, 21/05/2008)