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pesca danos ambientais
2008-05-21

Tipo de trabalho: Tese de Doutorado
Instituto de Oceanografia Biológica da Universidade de São Paulo (USP)Ano: 2007

Autora: Monica Ponz Louro
Resumo:l
O Rio Itanhaém, localizado na planície costeira de Itanhaém faz parte de importante bacia hidrográfica do sul do Estado de São Paulo. Os objetivos do presente estudo foram: identificar a composição e abundância da fauna de peixes deste estuário, verificando suas variações espaço-temporais em relação às variáveis ambientais, bem como caracterizar os estratos populacionais das principais espécies ali presentes quanto a sua estrutura e alimentação. Entre maio/2002 e abril/2003 foram realizados doze arrastos mensais, de 10 minutos de duração, com a utilização de rede de pesca de portas para arrastos de fundo em três diferentes áreas no interior do estuário de Rio Itanhaém (A3, A2, A1) e um arrasto na região marinha adjacente à boca do rio (EXT). Nas áreas internas do rio, foram obtidos dados ambientais sobre profundidade, temperatura, transparência e salinidade da água e colhidas amostras d?água e de sedimento para obtenção de dados sobre oxigênio dissolvido, pH, matéria orgânica e composição do sedimento. Após a identificação das espécies, de cada exemplar de peixe foram obtidos dados sobre comprimento, massa corpórea, sexo e estádio de maturidade gonadal, e reservado seu estômago para estudos sobre alimentação. A fauna foi estudada através das variações espaço-temporais da abundância em número e em massa, de índices ecológicos de diversidade de Shannon-Wiener (H?), eqüitatividade de Pielou (J?), riqueza de espécies (S) e riqueza de Margalef (d) e análises de classificação (TWINSPAN) e de ordenação (MDS). Para evidenciar quais dados ambientais explicariam as variações espaço-temporais da fauna, foi aplicado o método estatístico BIO-ENV. As espécies principais do estuário foram identificadas através de um indicador de importância relativa baseado nos valores de freqüências de ocorrência, numérica e em massa. Cinco espécies foram analisadas com relação à distribuição de comprimento, proporção sexual e entre indivíduos em diferentes estádios de maturidade gonadal, e com relação à composição de suas dietas. O estuário sofre influência da ação da maré durante os meses de inverno e primavera, com salinidade alta e temperaturas variáveis, e é regido pelo fluxo de água doce do rio durante verão/outono, com o aumento das chuvas. Foram coletadas 53 espécies de peixes caracteristicamente marinhas, totalizando 13.802 exemplares e uma massa total de 210.662,2g. Nenhuma espécie de água doce foi registrada. Oito espécies compuseram 86% da captura em número e 87,4% em massa, porém a dominância do bagre Genidens genidens foi evidente. Com relação aos índices ecológicos, diferenças significativas foram encontradas apenas para os valores de riqueza e riqueza de Margalef, com maiores valores obtidos para a área EXT e A2. A análise de classificação TWINSPAN identificou dois grupos de amostras e dois de espécies que se formaram pelas diferenças espaciais entre a fauna da área marinha externa ao estuário (EXT) e as áreas internas (A1, A2 e A3). A análise sobre ordenação MDS evidenciou três grupos de amostras diferentes: G1 ? amostras da área mais interna (A3) e da intermedária (A2) na época de verão/outono; G2 ? amostras da área mais próxima ao mar (A1) e as de inverno/primavera da área intermediária A2; e G3 ? poucas amostras marcadas pela dominância do linguado Achirus linaetus na proximidade do mar. Os valores de correlações entre variáveis ambientais e a fauna foram baixos, porém o conjunto de variáveis: temperatura e pH de superfície, porcentagem de areia no sedimento, foi aquele que melhor explicou as variações na fauna. As espécies principais no estuário foram Genidens genidens, G. barbus, Bairdiella ronchus, Achirus lineatus e Trinectes paulistanus. Enquanto Bairdiella ronchus e Achirus lineatus mostraram formas adultas no interior do estuário, os bagres Genidens genidens, G. barbus, mais abundantes, e Trinectes paulistanus foram representados por formas juvenis que utilizam o local como área de crescimento/alimentação. Com relação à alimentação, as espécies se alimentam de organismos bentônicos predominantemente. Os linguados Achirus lineatus e Trinectes paulistanus se caracterizaram como consumidores de poliquetos, Genidens barbus e Bairdiella ronchus foram agrupados por similaridade de suas dietas baseadas no consumo de camarões e teleósteos e o bagre dominante Genidens genidens mostrou se alimentar de uma variedade maior de invertebrados bentônicos, principalmente Tanaidacea. As espécies que competiriam pelos mesmos recursos se distribuem em áreas diferentes do estuário, mostrando que a alimentação pode explicar as diferenças espaciais evidenciadas nas análises sobre a fauna.


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