O Secretário Adjunto do Meio Ambiente, Francisco Simões Pires, representando o Secretário Otaviano Moraes, participou nesta terça-feira (20) do lançamento do projeto de neutralização de carbono da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM), em Porto Alegre.
A solenidade ocorreu com o plantio simbólico de duas mudas de ficus no jardim da ESPM, que é a primeira instituição de ensino superior no Rio Grande do Sul a realizar a neutralização das emissões de gás carbônico (CO2).
Para a compensação da emissão de gases geradores do efeito estufa produzidos pela ESPM, a instituição fará o plantio de 6.254 mudas de espécies nativas a serem indicadas pela Secretaria Estadual do Meio Ambiente (Sema), bem como as unidades de conservação estaduais onde deverão ser plantadas as árvores.
Simões Pires enalteceu a instituição, dizendo que a ESPM sempre foi conhecida por ser uma grande formadora de opinião, de homens e de resultados. "A Secretaria do Meio Ambiente tem acolhido ações que se pautem pela ética e tem estimulado atitudes como esta da neutralização do carbono", falou Simões Pires. "Temos que fazer bem mais e a partir deste ato simbólico podemos sedimentar e plantar relações institucionais", propôs o Secretário Adjunto. Ele conversou com o Diretor Geral da ESPM, Sérgio Checchia, a respeito de uma aproximação entre as instituições para aproveitamento conjunto de suas potencialidades, integrando os cursos de graduação da Escola com os projetos, programas e ações da Sema.
Na solenidade, Sérgio Checchia afirmou que a iniciativa da ESPM guarda em si uma simbologia por marcar ato em favor das gerações que estão por vir. "Vamos, cada vez mais, convencer a comunidade docente e os alunos da importância da preservação do meio ambiente", destacou o Diretor Geral da Escola.
Neutralização
A neutralização de carbono é uma ferramenta que permite a compensação de emissões de carbono geradas pelas atividades de uma empresa, indústria, evento e até mesmo uma viagem, por meio do plantio de árvores ou pela compra de créditos de carbono do mercado voluntário, onde instituições que ainda não têm metas a cumprir negociam reduções certificadas de carbono. Para cada tonelada de carbono lançada na atmosfera, aplica-se um equivalente em projetos que retirem o gás da atmosfera ou que emitam muito menos do que normalmente. A iniciativa começou já faz alguns anos em países ricos e no Brasil iniciou em 2005.
O carbono é um elemento presente na natureza e na forma de gás carbônico (o CO2) é um dos componentes da atmosfera. Normalmente, a própria Terra se encarrega de absorver esse gás. Porém, desde a Revolução Industrial (século XVIII) as atividades humanas têm lançado mais CO2 no ar do que a natureza é capaz de absorver.
O gás carbônico (CO2) é apenas um dos gases do efeito estufa, cujas emissões precisam ser reduzidas, dentro das convenções internacionais, para evitar o aquecimento global em níveis perigosos. O metano, seis vezes mais potente do que o CO2, é segundo principal causador do problema.
(Sema, 20/05/2008)