(29214)
(13458)
(12648)
(10503)
(9080)
(5981)
(5047)
(4348)
(4172)
(3326)
(3249)
(2790)
(2388)
(2365)
2008-05-20

Ministro da Agricultura diz que recursos minerais para produzir fertilizantes não são explorados por arrendatários

Stephanes afirma que país não pode ficar na mão de produtores externos e que jazidas não exploradas podem ser retomadas

O ministro Reinhold Stephanes (Agricultura) disse, ontem, durante lançamento do programa Territórios da Cidadania, em Cuiabá, que reduzir a dependência do Brasil de insumos importados para produção de fertilizantes é uma questão estratégica para o país, um dos maiores produtores agrícolas do mundo.

Para isso, o ministro não descarta a nacionalização de jazidas que não estariam sendo devidamente exploradas. "Até se for necessário sim. É uma questão estratégica, mas para médio e longo prazo", afirmou. Ele ressaltou também que o governo federal não tem uma solução em curto prazo para enfrentar a alta nos preços dos fertilizantes.

"A não ser que você comece a subsidiar", avaliou o ministro, que destacou a necessidade de o Brasil "resolver este problema internamente". "A questão não é de tarifa. A questão é que somos importadores de alguns elementos como o potássio, em torno de 80%, e o fósforo, 60%, e nitrogenados, que importamos em grandes quantidades.

São pequenos grupos que controlam isso no mundo inteiro, são poucas jazidas no mundo, e há um crescimento enorme dos preços".

Presente ao evento, o governador de Mato Grosso, Blairo Maggi (PR), um dos maiores produtores de soja do país, fez coro à nacionalização. Lembrou que o custo por tonelada de fertilizantes saltou, nos últimos anos, de US$ 200 para até US$ 1.000. "Essa diferença está consumindo todo o ganho que o produtor teria", disse o governador, que defendeu a busca por alternativas nacionais.

"É preciso identificar essas jazidas, saber em nome de quem elas estão registradas e, se for preciso, retirar as licenças daqueles que fizeram a opção de não utilizar essas jazidas. Entre dois e cinco anos, teríamos um volume maior de insumos, e os preços seriam reduzidos", disse Maggi.

Levantamento
O ministro Stephanes disse que o governo vem fazendo um levantamento das jazidas nacionais para aumentar a produção interna de nitrogênio, fósforo e potássio, insumos empregados na produção de fertilizantes. "Então nós já sabemos que temos jazidas no Brasil. Precisamos é adotar medidas para que elas sejam efetivamente exploradas", disse o ministro.

No caso específico do fósforo, o governo já identificou que novas minas privadas poderiam ser exploradas, reduzindo as importações. O problema é que as empresas que deveriam fazer isso acabam se valendo de uma legislação de 1966 para retardar a exploração porque não têm interesse em aumentar a produção aqui. Com isso, alegam que estão se dedicando a pesquisas.

Segundo Stephanes, o setor é controlado por "quatro ou cinco" grandes empresas no mundo. "São as mesmas que controlam a distribuição no Brasil e, depois, adquirem a produção".

No caso dos nitrogenados, a base é o gás, que o Brasil também é dependente. "Possivelmente, dentro de dois anos, com a exploração das minas de gás na bacia de Santos, o Brasil vai ter condições de se tornar auto-suficiente", disse o ministro.

"No caso de potássio, temos duas minas: uma em Sergipe e uma outra em Nova Olinda, no Amazonas, que ainda não está em exploração por conta de discussões ambientais e de viabilidade técnica, mas é uma jazida muito grande e que poderia abastecer quase a metade das necessidades brasileiras", afirmou Stephanes.

(Por Rodrigo Vargas, Folha de São Paulo, 20/05/2008)


desmatamento da amazônia (2116) emissões de gases-estufa (1872) emissões de co2 (1815) impactos mudança climática (1528) chuvas e inundações (1498) biocombustíveis (1416) direitos indígenas (1373) amazônia (1365) terras indígenas (1245) código florestal (1033) transgênicos (911) petrobras (908) desmatamento (906) cop/unfccc (891) etanol (891) hidrelétrica de belo monte (884) sustentabilidade (863) plano climático (836) mst (801) indústria do cigarro (752) extinção de espécies (740) hidrelétricas do rio madeira (727) celulose e papel (725) seca e estiagem (724) vazamento de petróleo (684) raposa serra do sol (683) gestão dos recursos hídricos (678) aracruz/vcp/fibria (678) silvicultura (675) impactos de hidrelétricas (673) gestão de resíduos (673) contaminação com agrotóxicos (627) educação e sustentabilidade (594) abastecimento de água (593) geração de energia (567) cvrd (563) tratamento de esgoto (561) passivos da mineração (555) política ambiental brasil (552) assentamentos reforma agrária (552) trabalho escravo (549) mata atlântica (537) biodiesel (527) conservação da biodiversidade (525) dengue (513) reservas brasileiras de petróleo (512) regularização fundiária (511) rio dos sinos (487) PAC (487) política ambiental dos eua (475) influenza gripe (472) incêndios florestais (471) plano diretor de porto alegre (466) conflito fundiário (452) cana-de-açúcar (451) agricultura familiar (447) transposição do são francisco (445) mercado de carbono (441) amianto (440) projeto orla do guaíba (436) sustentabilidade e capitalismo (429) eucalipto no pampa (427) emissões veiculares (422) zoneamento silvicultura (419) crueldade com animais (415) protocolo de kyoto (412) saúde pública (410) fontes alternativas (406) terremotos (406) agrotóxicos (398) demarcação de terras (394) segurança alimentar (388) exploração de petróleo (388) pesca industrial (388) danos ambientais (381) adaptação à mudança climática (379) passivos dos biocombustíveis (378) sacolas e embalagens plásticas (368) passivos de hidrelétricas (359) eucalipto (359)
- AmbienteJá desde 2001 -