Um certo jornal gaúcho traz hoje um enorme encarte de 16 páginas pago pela Aracruz para difundir só o lado supostamente bom do desenvolvimento baseado em lavouras de eucaliptos e pinus. O material traz até uma entrevista com o secretário estadual de Meio Ambiente, Carlos Otaviano Brenner de Moraes, no cargo para facilitar o licenciamento a rodo e sem regras para as indústrias que vão produzir e exportar celulose e deixar por aqui impactos ambientais.
Bombando
As exportações de “base florestal” bateram novo recorde ano passado, venderam US$ 9 bilhões, e seguem com índices positivos. As vendas dos setores de madeira, móveis, papel e celulose representam um aumento de 10% sobre os US$ 8,2 bilhões de 2006. O volume representando cerca de 7% do total nacional exportado. As vendas de papel e celulose têm destaque – somaram US$ 4,72 bilhões, representando um aumento de 18% em relação ao ano anterior. A maioria da celulose produzida aqui é exportada, se produz pouco papel aqui, só impactos ambientais com grandes lavouras de eucaliptos e pinus, plantadas ao gosto da indústria.
(O Eco, 19/05/2008)