É notória a empolgação da bancada ruralista no Congresso com a saída de Marina Silva do Ministério do Meio Ambiente. Deputados e senadores alinhados com o lado negro da agropecuária afiam facas e línguas para rebaixar reservas legais e outras proteções da floresta. Levantamento do Congresso em foco mostra que, de 261 cadeiras que tratam direta ou indiretamente de questões ambientais, 92 estão ocupadas por parlamentares ligados ao agronegócio. A estratégia é clara: povoar comissões para melar a legislação ambiental.
Ao todo são dezenas de projetos de lei na mira dos porta-vozes da agropecuária medieval. Entre as iniciativas mais descabidas que encaminham, está o entrave à chamada PEC do Trabalho Escravo, a PEC 438/2001. O texto que prevê a perda da propriedade onde for constatado esse tipo de crime. A proposta, aprovada em primeiro turno na Câmara em 2004, está paralisada.
(O Eco, 19/05/2008)