A União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN) divulgou ontem a versão atualizada de sua lista vermelha de pássaros ameaçados de extinção. Mil duzentas e seis espécies, das quase 10 mil estudadas, estão sob pressão considerada crítica. E não apenas por ação direta de seres humanos, mas porque seus habitatas começaram a sofrer também os efeitos do aquecimento global. O Brasil lidera entre os países com o maior número de aves ameaçadas, 141, seguido de perto pela Indonésia.
A lista de aves ameaçadas em solo brasileiro não traz grande mudanças em relação ao ano passado. A Ararajuba (imagem acima), ave que carrega as nossas cores na sua plumagem, continua ameaçada. Vinte e cinco espécies, que ocorrem de Norte a Sul do país, foram classificadas como criticamente ameaçadas. Entre elas estão do tietê-de-coroa (imagem abaixo), nativo de área ao Norte do Rio de Janeiro, e o picapau-do-Parnaíba, que ocorre entre Maranhão, Piauí e o Tocantins e que ficou 80 anos sem ter um exemplar sequer avistado.
Esperança
Muito embora nenhum exemplar da espécie tenha sido visto na natureza desde 2000, a nova lista na IUCN não define a ararinha-azul (imagem) como extinta, mas críticamente ameaçada. A entidade diz que ainda há necessidade de mais levantamentos antes de reconhecer que a espécie foi varrida do mapa.
A lista da IUCN de aves ameaçadas pode ser vista no site da Bird Life Lá há uma área de pesquisa onde se pode organizar os dados da lista por continentes, países e grau de vulnerabilidade de cada ave.
(O Eco, 19/05/2008)