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reciclagem de óleo
2008-05-19
O SESC-RS, em parceria com o Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DMLU), está implantando um novo ponto de recolhimento de óleo de cozinha usado na sua sede da Avenida João Pessoa, no bairro Cidade Baixa em Porto Alegre. De acordo com Roberta da Silveira Pinto, monitora do programa de reciclagem de óleo de cozinha do SESC, hoje (19/05) serão definidos, em reunião com o DMLU, os detalhes da implantação do novo ponto. Roberta diz que o principal investimento será em divulgação, para que as pessoas saibam onde podem entregar o óleo para a reciclagem. "Nós faremos folders de divulgação, queremos que efetivamente haja retorno da população", explica. O valor do investimento, assim como o período da divulgação e o destino do óleo recolhido devem ser definidos durante a reunião com o DMLU.

A iniciativa do SESC é mais um passo dentro de um programa da Prefeitura de Porto Alegre criado em junho do ano passado. Denominado simplesmente de "Projeto de Óleo", ele visa a instalação de postos de entrega do óleo de fritura, campanhas de conscientização e a reciclagem do resíduo. "O objetivo é colocar um serviço à disposição da população para destinar o óleo de fritura usado de forma adequada. Antes não existiam postos de entrega", conta Mariza Reis, coordenadora do projeto. Segundo ela, atualmente são recolhidos em torno de 3.000 litros por mês em 56 pontos de coleta espalhados pela cidade. "Estabelecimentos comerciais estão começando a pensar nisso, condomínios, entidades particulares já fazem este sistema de coleta".

O óleo recolhido é transferido para quatro empresas, que fazem a reciclagem e dão a destinação correta. A Oleoplan S.A., indústria que atua no processamento de óleos vegetais, com sede em Veranópolis, é uma delas. Ela faz o recolhimento do óleo nos postos do DMLU e nos restaurantes de Veranópolis, transformando-o em biodiesel. "Ao chegar na usina, o óleo de fritura é limpo e tratado para então ser misturado a outros óleos que se transformam em biodiesel, combustível biodegradável e não-tóxico", explica o diretor da Oleoplan, Marcos Boff.

Escala comercial
De acordo com o que Edson Carvalho, funcionário da Oleoplan, responsável pela coleta do óleo, o volume de óleo recolhido pelo DMLU não é tão significativo, comparado aos restaurantes, que produzem muito óleo diariamente. "As pessoas não utilizam muito óleo, até pelas campanhas com a saúde, não fazem muita fritura. Por isso, demoram para entregar o óleo nos postos, pois esperam que junte uma certa quantidade, como um litro, por exemplo".

No restaurante Barranco, uma tradicional churrascaria de Porto Alegre, localizado na Avenida Protásio Alves, chega-se a recolher 50 litros por mês. Elson Furini, administrador do estabelecimento há mais de 30 anos, diz que eles sempre procuram entregar o óleo utilizado em postos de entrega. "Antes, não se sabia onde colocar o óleo. Depois de um tempo, começaram a falar em meio ambiente, que não se podia colocar na pia, mas não sabíamos onde colocar. Até que, recebemos tonéis, onde podemos despejar e entregar para empresas ou para o DMLU".

A Oleoplan tem, também, uma parceria com a Auxiliadora Predial, administradora de condomínios residenciais e comerciais. A iniciativa faz parte de um projeto mais abrangente batizado internamente de "Programa Reciclar", prevendo o incentivo à separação de resíduos. "Uma parte do programa é uma campanha de conscientização para o recolhimento do óleo de cozinha. Nós disponibilizamos tonéis em todos os condomínios que administramos e a Oleoplan recolhe", explica João Colombo, assistente de marketing da Auxiliadora Predial. Atualmente 100 condomínios que participam do projeto.

A cada mês, a Oleoplan diz que tem recolhido 40 mil litros do resíduo, principalmente de restaurantes, bares, lanchonetes e cozinhas industriais.

Conscientização lenta
Para Mariza Reis, responsável pelo programa do DMLU, as pessoas estão demorando para responder ao projeto, por falta de conscientização sobre os danos que podem ser causados ao meio ambiente. "As pessoas ainda não acordaram para isso, estão se dando conta aos poucos". Mariza explica como a prefeitura de Porto Alegre está tentando divulgar para as pessoas os danos causados ao meio ambiente e onde elas podem entregar este óleo. "A divulgação é feita em eventos, palestras em escolas, a prefeitura divulga no site e em jornais. Nós temos, também, um material impresso que distribuímos".

A coordenadora recomenda colocar o óleo em recipientes como potes ou garrafas de plástico ou vidro, e entregá-los em um dos Postos de Entrega de Óleo de Fritura. Assim, o mesmo será encaminhado à reciclagem. Além Oleoplan, as empresas Celgon, Faros e Ecológica receberão o óleo. A Celgon usará o óleo como gerador de energia em suas caldeiras; a Faros utilizará como base para a produção de ração animal, a Oleoplan e a Ecológica desenvolverão o biodiesel.

Os danos do óleo de cozinha
O óleo de cozinha usado é menos denso que a água, e não se dilui ao entrar em contato com a mesma. Além disso, é muito ácido. Ao ser colocado nas redes coletoras de esgoto, provoca a retenção de sólidos, entupimentos e problemas de drenagem. Nos arroios e nos rios, dificulta a troca de gases entre a água e a atmosfera, causando danos aos animais, pois forma uma camada e não permite a entrada de luz. Cada litro de óleo contamina até 20 mil litros de água.

Como acontece em outros locais
Curitiba - Desde março de 2007, a Prefeitura de Curtiba coletou 28 mil litros de, com 88 pontos de coleta. "A coleta evita que o óleo usado seja descartado de forma inadequada e contamine o meio ambiente", diz o secretário municipal do Meio Ambiente, José Antonio Andreguetto. A coleta de óleo usado feita pela Prefeitura também beneficia famílias cadastradas no programa de recolhimento de lixo reciclável, em que cada dois litros de óleo entregue vale um quilo de alimento.

Gramado - A Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Gramado informa que foram recolhidos 3.856 litros de óleo vegetal, durante o mês de abril. Somente na Festa da Colônia foram gerados 1.930 litros, "sem contar com os mais de 600 litros que os colonos recolheram e que serão utilizados para produção de sabão ecológico", salienta o secretário Vitor Volk.

Venâncio Aires - A Cone Sul, empresa responsável pela coleta de lixo em Venâncio Aires, está recolhendo óleo vegetal usado. O material pode ser deixado junto com o lixo seco, nos dias reservados para coleta de materiais recicláveis (terças e sextas-feiras). Os grandes geradores, como restaurantes, bares e lancherias, podem entrar em contato com a empresa que os funcionários buscam o material nas localidades sem custo.

(Por Luiza Oliveira Barbosa, Ambiente JÁ, 19/05/2008)

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