O secretário do Ambiente do Rio de Janeiro, Carlos Minc, afirmou ontem (18/05) que a Amazônia “não vai virar carvão". Ele chegou ao Rio, vindo de Paris, e amanhã se reúne em Brasília com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que o convidou para assumir o Ministério do Meio Ambiente no lugar de Marina Silva.
"A gente vai manter para a Amazônia não só a política que vinha sendo adotada pela ministra Marina Silva, como boa parte de sua equipe, que já se colocou à disposição. Vamos também fazer outras coisas que ela ainda não havia feito e que esperamos ter condições de realizar”, disse Minc.
A declaração tem como alvo principal a comunidade internacional, que demonstrou preocupação em relação à situação da Amazônia após a saída da ministra Marina Silva do Ministério do Meio Ambiente.
Minc disse que percebeu, em entrevista concedida a jornalistas estrangeiros ainda em Paris, que a primeira sinalização em âmbito internacional como reflexo do afastamento de Marina Silva foi a de que a Amazônia ficaria indefesa, uma vez que para a imprensa internacional “a defensora da Amazônia” estava saindo do ministério e, portanto, a região ficaria “entregue”.
“Eu falei com a imprensa estrangeira, e uma das primeiras perguntas que eles fizeram foi 'Qual a garantia que o mundo teria de que a Amazônia não seria devastada, uma vez que a sua principal guardiã, depois de várias derrotas e enfraquecimentos, havia jogado a toalha?'”
(Por Nielmar de Oliveira,
Agência Brasil, 18/05/2008)