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segurança alimentar biocombustíveis etanol
2008-05-18
Os cerca de 50 líderes de América Latina, Caribe e Europa celebravam nesta sexta-feira (16/05), em Lima, uma reunião dedicada ao aquecimento global e à desigualdade social, com o tema da segurança alimentar atraindo uma importante atenção.

A América Latina, com um forte crescimento econômico mas também com grande desigualdade, recebe uma Europa ampliada de 27 países, cujas preocupações são o aquecimento global e a crise alimentar.

Os chefes de Estado devem chegar a um consenso sobre vários temas, em um momento em que a América Latina tem modelos políticos liberais e de esquerda radical, como o projeto bolivariano do venezuelano Hugo Chávez.

Se a Europa mostra preocupação com o aquecimento global, para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o debate entre ecologia e progresso está mal enfocado, ou ocorre com meias verdades. Isso envolve, especialmente, o tema dos biocombustíveis, no qual o Brasil é líder mundial, mas também questões associadas à crise alimentar.

"Querem despoluir o planeta, combater o aquecimento global. Firmam o Protocolo de Kyoto, mas quando o Brasil oferece um combustível que não emite CO2, preferem usar um que emite. Isso é uma contradição", disse Lula à imprensa.

O etanol brasileiro tem provocado receios na Europa, que teme que sua produção possa interferir na geração de alimentos e que a fronteira agrícola brasileira avance sobre a Amazônia.

O relator especial das Nações Unidas, Jean Ziegler, qualificou a produção de biocombustíveis de um "crime contra a humanidade".

O presidente do governo espanhol, José Luis Rodriguez Zapatero, pediu calma no debate sobre os biocombustíveis e considerou que seu peso sobre a disparada dos preços dos alimentos "não é tão evidente".

"Acredito que é um pouco cedo para esse debate sobre o impacto da produção de biocombustíveis no aumento dos preços dos alimentos", declarou Zapatero em Lima.

Venezuela e Bolívia também criticam os biocombustíveis, especialmente o etanol americano, produzido de milho, pela alta nos preços dos alimentos no planeta.

Zapatero insistiu em que seja dada "prioridade máxima" à conclusão, antes do próximo encontro em 2010, dos acordos de associação e livre comércio com América Central, Comunidade Andina e Mercosul.

"Temos de fixar como prioridade máxima a conclusão, nos próximos dois anos, dos acordos de associação com a América Central, com a Comunidade Andina de Nações e com o Mercosul. Não podemos chegar ao nosso próximo encontro (que será realizado na Espanha) sem ter conseguido isso".

Zapatero também reafirmou seu apoio ao presidente colombiano, Alvaro Uribe, culpando a guerrilha das Farc pela crise diplomática entre Colômbia, Equador, e Venezuela.

"Nenhum dos países democráticos da área latino-americana que se sentiram afetados e que estão no debate deveria se deixar levar por qualquer análise equivocada. O responsável pelo que acontece, por essa tragédia, pela indignidade, pelo seqüestro e pelas mortes é a guerrilha das Farc", declarou.

Chávez, irritado com o parecer da Interpol sobre a integridade dos arquivos encontrados em um computador das Farc que revelariam seu apoio à guerrilha, afirmou em Lima que não há condições para falar com o presidente colombiano, Alvaro Uribe, a quem chamou de "arauto da desunião" na América Latina.

"Não há condições para conversar com Uribe. Para falar com ele, teria de descer a um pântano".

Apesar da tensão prevista, a reunião em Lima já teve momentos de reconciliação, com o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, pedindo perdão à chanceler alemã, Angela Merkel, por tê-la insultado depois que ela o criticou há uma semana.

Chávez aproveitou o momento da foto oficial da Cúpula para se desculpar: "Cristina (Kirchner, presidente argentina) estava ali. Dei um beijo nela e na chanceler alemã, a quem disse que 'me perdoasse, se fui duro, aqui está minha mão'".

Já o presidente eleito do Paraguai, Fernando Lugo, reafirmou em Lima sua reivindicação de receber mais dinheiro pela energia da hidrelétrica binacional de Itaipu, ao se reunir com Lula, que se comprometeu a enviar seu assessor para assuntos internacionais, Marco Aurélio Garcia, "para preparar um encontro específico sobre o tema, o mais rápido possível", contou o próprio líder paraguaio.

(AFP, UOL, 17/05/2008)



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