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passivos da silvicultura eucalipto
2008-05-16
Os danos ambientais e sociais do eucalipto já estão confirmados na região serrana capixaba. Pesquisa realizada por geógrafos e estudantes de Geografia, em Domingos Martins, constatou que várias nascentes na área examinada secaram, e que em todas as outras houve redução da quantidade de água. O solo também vem sendo degradado, com assoreamento de córregos.

O relato é de Leomar Honorato Lírio, do Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA). A pesquisa foi feita por um grupo de 40 professores e estudantes do curso de Geografia da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes). Realizada em novembro do ano passado, foi concluída agora.

Os pesquisadores atuaram na região compreendida entre Paraju, Aracê, Ribeirão Capixaba e proximidades. Foram entrevistadas 80 famílias. Na área ambiental, as famílias informaram que o eucalipto está secando nascentes e reduzindo a quantidade de água em todas as outras.

O eucalipto também acentuou a erosão do solo. A terra é levada pelas águas das chuvas para os córregos e rios da região que estão assoreados.

Ainda segundo relato de Leomar Honorato Lírio, também houve na região a intensificação do uso de agrotóxicos. Os córregos da região são da bacia do rio Jucu, que abastece a Grande Vitória, juntamente com o Rio Santa Maria da Vitória.

Na área social, a pesquisa dos geógrafos apontou que os moradores desta região do interior de Domingos Martins praticamente não têm acesso às políticas públicas. As áreas mais abandonadas pelo governo do Estado na região são saúde, educação e transportes.

Na região praticamente não há telefones públicos, destaca. Para os jovens há o agravante de que não tem opções de lazer e esportes. Mesmo assim, a quase totalidade das famílias não pensa em abandonar a região: apenas duas disseram que querem se mudar, mas para que os jovens possam estudar.

O preço das terras também vem aumentando com os plantios de eucalipto: nos últimos quatro anos, o hectare, que era vendido a cerca de R$ 2/3 mil, passou a custar entre R$ 6 e 10 mil. Os novos moradores, sem tradição na lavoura, plantam eucalipto.

Um outro dado da pesquisa, como relata o dirigente do MPA, é a perda de empregos com os plantios de eucalipto. Na região, a tradição dos agricultores é plantio de legumes e verduras, que exigem até três pessoas por hectare. Enquanto nos eucaliptais, para 30 hectares ocupados, é gerado um só emprego.

O governo Paulo Hartung, através da Secretaria de Estado da Agricultura (Seag) e seus órgãos vinculados, o Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper) e o Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Espírito Santo (Idaf), vem fazendo propaganda pró plantios de eucalipto em todo o Estado. Tais plantios favorecerão a transnacional Aracruz Celulose.

Na região serrana, além dos plantios de eucalipto, é plantado ainda em grande escala o pinus. Esta espécie, também exótica, é plantada principalmente no município de Conceição do Castelo, pelo empresário Camilo Cola. Os impactos ambientais e sociais do pinus são grandes. Entre eles, a perda da biodiversidade e o êxodo rural.

Os estudantes de Geografia da Ufes vão realizar uma nova pesquisa na região, proximamente, segundo informou Leomar Honorato Lírio.

(Por Ubervalter Coimbra, Século Diário, 16/05/2008)


 

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