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carlos minc
2008-05-16
Os ambientalistas do Estado estão receosos quanto à escolha de Carlos Minc para ocupar o cargo de ministro de Meio Ambiente. Avaliam que a mudança irá atrapalhar a luta pela proteção ao meio ambiente e as expectativas não são das melhores. Para eles, o agronegócio será ainda mais incentivado, e o norte do Estado será o mais atingido.

Desde esta terça-feira (12), quando foi anunciado que a então ministra Marina Silva havia pedido demissão do cargo, a discussão entre os ambientalistas é a mesma. Lamentam pelo afastamento da ex-ministra e debatem quais serão as conseqüências da nova escolha para o Espírito Santo.

O presidente da Associação Capixaba de Proteção ao Meio Ambiente (Acapema), Freddy Guimarães, classificou o novo ministro de Meio Ambiente, Carlos Minc, como um "camarada" conhecido por conceder licenciamentos "a toque de caixa".

"O setor de celulose vai conseguir agilizar tudo que o MMA tentava impedir através do Ibama (Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis), inclusive no Estado. Temos um pepino, e o caso mais sério se dará no norte", enfatizou.

A informação é de que em um ano, a secretaria comandada por Minc, no Rio de Janeiro, emitiu o mesmo número de licenças que nos três anos anteriores, licenciando inclusive, o complexo petroquímico de US$ 8,4 bilhões que a Petrobras vai construir perto do manguezal de Guapimirim, única área ainda preservada da Baía de Guanabara.

Para Bruno Fernandes, do Grupo Apoio ao Meio Ambiente (Gama), a certeza é de que se o novo ministro foi escolhido para o cargo, é porque não seguirá as mesmas diretrizes da ex-ministra. "A Marina saiu em uma situação desconfortável, por tentar levar a sustentabilidade a outras pastas do governo e ser cortada constantemente. Se ele vai entrar no lugar dela, certamente é porque não vai dar continuidade a isso", ressaltou.

Apesar disso, muitos ambientalistas capixabas irão aguardar para tirar suas conclusões. Segundo Luiz Cláudio Ribeiro, da Associação dos Amigos do rio Piraquêaçu, ainda é cedo, mas a esperança é que ele dê continuidade à seriedade da ex-ministra, promovendo o entendimento entre as partes e não se deixando influenciar pela "politicagem".

"Tenho o receio de que a política possa ganhar mais força agora. Minc ainda é muito focado no Rio de Janeiro. Espero que ele tenha noção da importância dos projetos capixabas para o Estado", disse ele, referindo-se ao projeto de criação de Unidades de Conservação (UCs) marinhas que tramitam em Brasília. Os projetos dizem respeito à criação do Refúgio de Vida Silvestre (Revis) e a Área de Proteção Ambiental (APA) das Algas, em Santa Cruz.

Neste contexto, os ambientalistas lamentam a saída de Marina Silva da pasta que, segundo eles, fez o que era possível para conter o desmatamento e para levar a questão ambiental a outras pastas do governo.

Uma carta aberta feita por Bruno Fernandes, do Gama, já está circulando pela internet, em solidariedade à ex-ministra. "Agora é necessário aguardar e ver o que vem pela frente", afirmou.

Carlos Minc é formado em Geografia, é mestre em Planejamento Urbano na Universidade de Lisboa, e doutor em Economia do Desenvolvimento na Universidade Sorbonne, em Paris. Em 1989, recebeu o Prêmio Global 500, concedido pela ONU aos ativistas que se destacaram mundialmente nas lutas em defesa do meio ambiente.

(Por Flávia Bernardes, Século Diário, 16/05/2008)


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