Amanhã, a Aracruz marca sua chegada a São José do Norte. A reboque da empresa, cresce a expectativa de ocupação dos 13 quilômetros da margem leste do porto marítimo gaúcho, do lado oposto do Porto Novo e do Superporto, em Rio Grande.
Com investimento de R$ 120 milhões, o terminal para receber a celulose processada na fábrica de Guaíba e que chegará ao porto via Lagoa dos Patos, a bordo de barcaças, deve começar a operar em 2010.
A Aracruz aguarda o término do licenciamento ambiental para dar início às obras no cais, ainda este ano. Enquanto isso, lança um programa de alfabetização de adultos, neste sábado, com a presença da governadora Yeda Crusius. Depois de aprender a lidar com as letras, os alunos serão treinados para o trabalho na construção civil e no terminal.
Somente a construção do terminal de exportação deve gerar 850 empregos diretos e 4,2 mil indiretos. Na área de 64 hectares, serão erguidos um píer de atracação para navios e barcaças, armazéns de celulose, oficina, prédio administrativo e subestação.
Embora reúna qualidades atraentes - como um calado (profundidade) natural de 40 pés (cerca de 12 metros) que dispensa dragagem - , a margem leste era preterida por conta da escassez de infra-estrutura. A concentração das empresas e indústrias ocorreu apenas nos 21 quilômetros de cais em Rio Grande.
- Surge um novo porto no Estado. A iniciativa mostra o potencial de explorar a navegação por meio das hidrovias - diz o superintendente do porto de Rio Grande, Sinésio Cerqueira.
(Zero Hora, 16/05/2008)