As obras de montagem da plataforma oceânica P-53, em execução no canteiro de obras da Quip S/A (Queiroz Galvão, Ultratec e Iesa), no Porto Novo do Rio Grande, estão em fase final. Apesar de algumas partes das obras estarem interditadas pela Superintendência Regional do Trabalho e Emprego no Rio Grande do Sul (SRTE/RS), a empresa pretende entregar a P-53 à Petrobras em 15 de agosto deste ano. A última previsão era 20 de setembro, mas a Petrobras pediu que fosse antes devido à necessidade de colocar essa plataforma em operação ainda este ano, de acordo com o diretor de suporte corporativo à gestão da Quip, Marcos Reis. E a empresa está trabalhando para concluir o trabalho e entregá-la no prazo solicitado.
Marcos Reis diz que a Quip está fazendo todo o possível para isso.
Atualmente, a integração dos módulos ao casco está envolvendo 3.600 trabalhadores, entre funcionários da Quip e subcontratados e deve chegar a 4.000 dentro de aproximadamente duas semanas, segundo Reis. Também está sendo implantado um terceiro turno de produção. O trabalho vinha sendo feito com dois turnos de produção e um de preparação para as atividades. Dessa forma, a Quip espera recuperar o atraso decorrente da interdição de partes das obras. O trabalho agora é desenvolvido totalmente focado na conclusão, conforme o diretor. Até o momento, estão concluídos 92% da obra como um todo e estão feitos entre 65% e 68% do processo de integração dos módulos. "É um grande desafio, mas temos um grupo competente e um comprometimento muito forte de todos", salientou Reis.
Ele acrescenta que, se a meta for atingida, a empresa vai quebrar todos os recordes de plataformas no Brasil no que se refere a tempo de construção e integração. Reis afirma que nenhuma empresa até agora fez esse tipo de trabalho em menos de 18 meses e no caso da P-53 será pouco mais de nove meses. A plataforma será instalada na Bacia de Campos, no campo de Marlim Leste, em local cuja profundidade do mar é de 1.080 metros. Terá capacidade de produzir 180 mil barris/dia de óleo e seis milhões de metros cúbicos de gás, além de tratar e injetar 245 mil metros cúbicos de água por dia e gerar 92 megawatt de energia. Marcos Reis informou que a intenção é que ela entre em produção bem antes do Natal. A obra faz parte do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do governo Federal e conta com investimentos de US$ 1,3 bilhão.
Interdição
Desde 24 de abril, partes das obras de integração dos módulos da P-53 estão interditadas pela Superintendência Regional do Trabalho e Emprego no Rio Grande do Sul (SRTE/RS) por não atenderem as normas de saúde e segurança. Segundo Marcos Reis, a empresa cumpriu as exigências feitas pela SRTE/RS para desinterdição e aguarda a avaliação dos auditores fiscais. Nesta quinta-feira, em Porto Alegre, haverá reunião técnica, na sede da Superintendência, entre os auditores e técnicos da obra para tratar do assunto.
(Por Carmem Ziebell, Jornal Agora, 15/05/2008)