O primeiro vice-presidente do Senado, Tião Viana (PT-AC), afirmou hoje que a política ambiental executada pelo governo “é um contrapeso” às exigências da sociedade de expansão das atividades econômicas. O parlamentar ressaltou que o governo tem o desafio de “trabalhar este paradoxo” entre as pressões sociais de expansão econômica e "o freio da política ambiental de maneira ponderada e forte”.
“O presidente Lula tem procurado resolver essa equação. A ministra Marina [Silva, do Meio Ambiente] sai compreendendo o apoio e as dificuldades que o governo teve em conduzir uma área tão delicada”, disse o senador, acrescentando que “o governo está elevado em termos de autoridade política para conduzir as questões do meio ambiente”.
Quanto à indicação do atual secretário do Ambiente do Rio de Janeiro, Carlos Minc, para substituir Marina Silva, o parlamentar afirmou que ele terá condições de enfrentar o desafio de reverter os indicadores ambientais negativos da Amazônia, “mesmo diante de todas as conquistas da ministra Marina Silva”.
“Ele sempre esteve vinculado à política ambiental, que hoje é universal. [O Brasil] Precisa de alguém com credibilidade que possa garantir a qualidade das obras de maneira que estejam aliadas à responsabilidade ambiental. Ele dará continuidade à ministra Marina”, acresentou Tião Viana.
O petista também comentou a decisão de seu irmão, o ex-governador do Acre Jorge Viana, de não assumir a pasta. “Foi uma decisão pessoal, que contou com a compreensão do presidente Lula. Somos do mesmo ambiente da ministra Marina. Seria um desconforto estar no seu lugar. Além disso, ele teria que romper com tudo na sua vida pessoal para retornar depois de um ano e voltar para uma eventual candidatura em 2010. Felizmente, o presidente Lula foi muito compreensivo com ele”, disse Tião Viana.
(Por Marcos Chagas, Agência Brasil, 14/05/2008)