Segundo Inpe, 53% do desmatamento foi registrado em Mato Grosso.
Até abril, fiscais aplicaram R$ 31,3 milhões em multas.
Sete mil quilômetros quadrados de Floresta Amazônica foram desmatados no segundo semestre de 2007, segundo levantamento do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Apenas no estado de Mato Grosso foram 53% do total.
O Governo federal endureceu a fiscalização em Mato Grosso. Porém, a medida não parece que ter surtido efeito, pois no primeiro trimestre deste ano o desmatamento triplicou nos estados do Pará e de Mato Grosso em relação ao mesmo período do ano passado.
Segundo o Inpe, em fevereiro foram desmatados 725 quilômetros quadrados, um aumento de 13% em relação a janeiro.
Já em março a área desmatada na Amazônia diminuiu. Foram 145,7 quilômetros quadrados, mas Mato Grosso continua como grande vilão. As estatística apontam que o estado foi responsável por 77% da derrubada de árvores.
O desmatamento é resultado do avanço das fronteiras agrícolas. Mato Grosso lidera a produção de grãos e tem o maior rebanho bovino do país. Para os ambientalistas, conter a devastação da floresta significa buscar um melhor aproveitamento da terra.
O governo estadual contesta o método usado pelo Inpe para medir o desmatamento.
A Secretaria de Meio Ambiente diz que os satélites detectam a destruição, mas não esclarecem o período em que as árvores foram derrubadas. O Ibama endureceu a fiscalização no estado e já embargou 416 fazendas por crime ambiental.
Até o início de abril, a Operação Arco de Fogo aplicou R$ 31,3 milhões em multas e apreendeu 25,8 mil metros cúbicos de madeira nos estados de Mato Grosso, Pará e Rondônia - bases da ação integrada da Polícia Federal, Ibama e Força Nacional de Segurança.
(G1, 14/05/2008)