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biocombustíveis
2008-05-15

A chanceler alemã Angela Merkel disse, na noite de quarta-feira, em São Paulo, que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva garantiu a ela que o governo estuda elaborar um projeto de segunda geração de biocombustível para que o produto possa se adaptar ao mercado automotivo dos países da União Européia. Pouco antes de participar de um jantar promovido pela Câmara de Comércio e Indústria Brasil-Alemanha e pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), a chanceler lembrou que, se não houver alteração na forma de produção do biocombustível produzido no país, dificilmente ele será importado pela Europa.

- O presidente Lula disse que o governo pensa numa segunda geração de biocombustível, porque, sem a conversão, muitos automóveis fabricados na Alemanha não podem funcionar com o que o que é produzido no Brasil - disse ela, que, horas antes, encontrou-se com o governador de São Paulo, José Serra, no Palácio dos Bandeirantes.

Pela manhã, no Palácio do Planalto, Merkel disse que seu país não irá alterar o percentual de etanol adicionado à gasolina, como gostaria o governo brasileiro. Atualmente, a Alemanha mistura 5% de álcool à gasolina. Um projeto previa que esse percentual aumentasse para 10% a partir do ano que vem, mas o governo alemão o retirou e, com isso, seguirá a tendência da União Européia, que aumentará a mistura somente a partir de 2020.

Angela Merkel rebateu a tese de que a alta do preço dos alimentos é provocado, em parte, porque o Brasil estaria utilizando áreas de lavoura para o plantio de cana-de-açúcar, principal fonte para a produção de biocombustível.

- Eu sei que a cana de açúcar é produzida em São Paulo, e não na Amazônia. Devemos ter clareza e transparência nessa discussão - disse ela, argumentando ainda que a alta dos preços deu-se não por causa da produção de biocombustível, mas porque "o consumo de alimentos aumentou em todo o mundo".

Amazônia sem cana

Numa notícia que pode agradar aos ambientalistas, o ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, afirmou, também na quarta-feira, durante audiência na Comissão de Relações Exteriores do Senado em favor do etanol brasileiro, que a tendência é o governo não autorizar o plantio da cana na Amazônia, nem mesmo em áreas degradadas.

O Executivo fechará questão sobre o tema em julho, quando será anunciado o zoneamento da cana. Stephanes garantiu que aspectos ambientais serão levados em consideração, e não somente interesses agrícolas.

No entanto, na sua opinião, seria mais positivo plantar cana nas áreas degradadas do que deixá-las como estão. O ministro disse também que não concorda com o conceito de Amazônia Legal.

Sobre a saída da ministra Marina Silva, disse que as divergências entre os dois eram técnicas. E lembrou que ela tem reconhecimento dentro e fora do país:

- Foi uma perda.

(Por Adauri Antunes Barbosa, O Globo, 14/05/2008)


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