As plantas de produção de resinas termoplásticas da Braskem localizadas no Pólo Petroquímico de Triunfo deverão voltar cada vez mais a atenção para a fabricação de produtos especiais, de maior valor agregado. O diretor-superintendente da unidade de Paulínia da Braskem, Guilherme Guaragna, explica que a idéia é que sejam avaliadas novas aplicações para as resinas, em especial para o polipropileno.
Essa tendência deve se verificar justamente devido à operação da fábrica dirigida por Guaragna, no estado de São Paulo. A planta de polipropileno da Braskem de Paulínia, inaugurada em abril, está localizada na região que é o principal mercado consumidor do País. Isso fará com que grande parte da quantidade de resinas provenientes de Triunfo tenha que ser deslocada para outros centros ou utilizada em novos segmentos. Guaragna recorda que o ingresso do plástico em outros mercados é algo que ocorre historicamente, como foi o caso da troca das seringas de vidro pelas de plástico.
Os fabricantes gaúchos de resinas terão que achar novas oportunidades, pois a capacidade de produção de Paulínia é expressiva. A unidade é projetada para um potencial de até 350 mil toneladas anuais de polipropileno. No entanto, por motivo de fornecimento de matéria-prima, esse patamar deve ser alcançado apenas em 2010.
O diretor-superintendente da unidade de Paulínia da Braskem esteve ontem em Porto Alegre, participando da reunião-almoço Tá na Mesa da Federasul. Guaragna palestrou sobre o tema "Sustentabilidade: os caminhos possíveis". O dirigente argumenta que o conceito de sustentabilidade envolve questões econômicas, sociais, ambientais, culturais e educacionais. Guaragna defende que sejam trabalhados pontos convergentes com governos, empresas, ONGs, e outras entidades. "É preciso deixar as vaidades de lado e agir", afirmou o dirigente.
(JC-RS, 15/05/2008)