O presidente do Senado, Garibaldi Alves Filho, afirmou na tarde desta quarta-feira (14/05) que a indicação do novo ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, gerará uma rediscussão no órgão que irá amenizar as "posições extremadas".
- Ninguém pode negar que estava havendo posições extremadas. Pode ser que aqueles que estavam fazendo cara feia com a ministra Marina diminuam a cara feia com Minc - disse.
Para Garibaldi, o secretário estadual de Meio Ambiente do Rio de Janeiro é uma "boa escolha". Minc aceitou nesta quarta o convite para assumir a pasta no lugar da senadora Marina Silva, que pediu demissão na terça-feira.
- Acredito que tenha sido uma boa escolha, pelo trabalho desenvolvido no Rio de Janeiro, por sua militância política e pelos vários cargos eletivos que ocupou. Precisamos dar um crédito de confiança ao escolhido - disse, ao sair de reunião com as lideranças do Senado Federal.
Já a senadora Ideli Salvatti (PT-SC), líder do bloco de apoio ao governo, disse respeitar o nome de Minc, mas confessou quetorcia por Jorge Viana, ex-governador do Acre, também cogitado para assumir o cargo. Para a senadora, a indicação de um nome da Amazônia seria positiva, especialmente quando estão na pauta assuntos como os conflitos na Reserva Indígena Raposa Serra do Sol, os desdobramentos do assassinato da irmã Dorothy Stang e a própria saída da ministra Marina.
- Viana diminuiria o impacto dessas três situações que abalam a imagem internacional do país, por conta da relevância da Amazônia para o mundo - disse.
Quanto ao suposto conflito entre desenvolvimentistas e ambientalistas - Carlos Minc é apontado como membro do primeiro grupo, ao passo que Marina Silva é citada como membro do grupo dos ambientalistas - , a líder disse não acreditar nessa dicotomia.
- Não há desenvolvimento possível sem respeito ao meio ambiente - disse.
(Por Raíssa Abreu, Agência Senado, 14/05/2008)